"Pedimos claramente às autoridades chinesas libertar todos os militantes, jornalistas e juristas que foram detidos, com a aproximação do 25; aniversário" da Praça da Paz Celestial, disse Harf. "Penso, sinceramente, que é hora de que (as autoridades chinesas) deem mais espaço para a discussão em seu próprio país, em particular no marco de aniversários como este", acrescentou.
Os Estados Unidos expressam com frequência sua preocupação com a liberdade de expressão na China, cujo regime comunista recorre a importantes medidas para impedir que se faça referência à Primavera chinesa, à qual o Exército pôs fim de forma sangrenta em 4 de junho de 1989, censurando a internet, intimidando a imprensa estrangeira e levando adiante uma campanha de prisões de dissidentes.
Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 66 pessoas foram detidas neste âmbito, algumas delas em caráter extra-judicial. Outros receberam ordens de ficar em casa em silêncio. Diante da aproximação do aniversário da data fatídica, centenas de milhões de usuários chineses na internet observam uma severa lentidão dos fluxos na internet, em um sinal de um forte controle de parte das autoridades que monitoram as redes sociais.
O site de buscas Google estava inutilizável, assim como vários outros serviços da gigante americana, como Gmail (e-mails), Google Image e suas ferramentas de tradução ou calendário, destacou o , site dedicado a analisar o controle da internet de parte do governo chinês. O ataque lançado pelo exército chinês contra os estudantes que ocupavam a praça, no centro de Pequim, deixou centenas de mortos entre os dia 3 e 4 de junho de 1989.