Agência France-Presse
postado em 05/06/2014 18:16
Bruxelas - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recusou veemente nesta quinta-feira (5/6) pedir desculpas por ter trocado a libertação de um soldado americano por quatro talibãs, apesar do acordo ter criado uma crise política em Washington. Críticos, tanto republicanos como democratas, questionam não só legalidade da transferência de cinco prisioneiros talibãs da prisão de Guantánamo, em troca do sargento americano Bowe Bergdahl, como o preço pago pelo acordo.
Obama, porém, não demonstrou remorso, reafirmando sua obrigação como comandante-em-chefe de resgatar o soldado. "Nós temos um princípio básico, nós não deixamos ninguém usando um uniforme americano para trás", afirmou o presidente, acrescentando que ele agiu pensando na saúde de Bergdahl, deteriorada depois de quase cinco anos de cativeiro.
"Nós vimos uma oportunidade e aproveitamos ela, e eu não peço desculpas por isso", declarou, durante a cúpula do G7, em Bruxelas, na Bélgica. "Eu nunca me surpreendo com as controvérsias criadas em Washington", garantiu Obama. "Faz parte do jogo".
O presidente também defendeu sua decisão de anunciar o acordo ao lado dos familiares do militar, em uma aparição no jardim da Casa Branca. "Isso não é um futebol político", garantiu. "Você tinha um grupo de parentes cujo filho se voluntariou para lutar um uma terra distante, que eles não viam há cinco anos."
- Ação questionada -
Críticos argumentam que Obama - já enfraquecido por diversas crises - piorou sua situação ao negociar com terroristas, sem avisar o Congresso e que teria tentado criar um sucesso militar para encobrir outros fracassos. A presidente do Comitê de Inteligência do Senado, a democrata Dianne Feinstein, acusou o presidente, seu colega de partido, de violar a lei por não ter notificado os parlamentares sobre uma transferência de Guantánamo com 30 dias de antecedência.
A Casa Branca apresentou diversas explicações para o ocorrido. A princípio, a razão alegada foi que a saúde e a segurança do soldado estavam em risco. Depois, foi anunciado que um atraso poderia interferir com a obrigação constitucional do presidente em proteger os americanos. Nesta quinta-feira (5/6) uma autoridade acrescentou que um vídeo que mostrava Bergdahl em péssimas condições de saúde em janeiro deu urgência extra ao processo, e que senadores foram avisados de que sua vida estaria em perigo se a liberação fosse comprometida.
Outro oficial do Senado assegurou que o governo "obteve informações verossímeis que, se algo sobre a troca torna-se público, Bergdahl seria morto". Além disso, as condições da própria captura também são questionada. Alguns soldados acusam o colega, de 28 anos, de deserdar de seu posto no Afeganistão. As Forças Armas anunciaram que vão investigar a acusação.
Um alto funcionário do governo americano anunciou nesta quinta-feira que um número significativo de transferências de presos de Guantánamo está sendo preparado, mencionando "avanços substanciais este ano" para conseguir o fechamento da prisão, uma promessa de campanha de Obama. Ainda restam 149 presos em Guantánamo.
Obama, porém, não demonstrou remorso, reafirmando sua obrigação como comandante-em-chefe de resgatar o soldado. "Nós temos um princípio básico, nós não deixamos ninguém usando um uniforme americano para trás", afirmou o presidente, acrescentando que ele agiu pensando na saúde de Bergdahl, deteriorada depois de quase cinco anos de cativeiro.
"Nós vimos uma oportunidade e aproveitamos ela, e eu não peço desculpas por isso", declarou, durante a cúpula do G7, em Bruxelas, na Bélgica. "Eu nunca me surpreendo com as controvérsias criadas em Washington", garantiu Obama. "Faz parte do jogo".
O presidente também defendeu sua decisão de anunciar o acordo ao lado dos familiares do militar, em uma aparição no jardim da Casa Branca. "Isso não é um futebol político", garantiu. "Você tinha um grupo de parentes cujo filho se voluntariou para lutar um uma terra distante, que eles não viam há cinco anos."
- Ação questionada -
Críticos argumentam que Obama - já enfraquecido por diversas crises - piorou sua situação ao negociar com terroristas, sem avisar o Congresso e que teria tentado criar um sucesso militar para encobrir outros fracassos. A presidente do Comitê de Inteligência do Senado, a democrata Dianne Feinstein, acusou o presidente, seu colega de partido, de violar a lei por não ter notificado os parlamentares sobre uma transferência de Guantánamo com 30 dias de antecedência.
A Casa Branca apresentou diversas explicações para o ocorrido. A princípio, a razão alegada foi que a saúde e a segurança do soldado estavam em risco. Depois, foi anunciado que um atraso poderia interferir com a obrigação constitucional do presidente em proteger os americanos. Nesta quinta-feira (5/6) uma autoridade acrescentou que um vídeo que mostrava Bergdahl em péssimas condições de saúde em janeiro deu urgência extra ao processo, e que senadores foram avisados de que sua vida estaria em perigo se a liberação fosse comprometida.
Outro oficial do Senado assegurou que o governo "obteve informações verossímeis que, se algo sobre a troca torna-se público, Bergdahl seria morto". Além disso, as condições da própria captura também são questionada. Alguns soldados acusam o colega, de 28 anos, de deserdar de seu posto no Afeganistão. As Forças Armas anunciaram que vão investigar a acusação.
Um alto funcionário do governo americano anunciou nesta quinta-feira que um número significativo de transferências de presos de Guantánamo está sendo preparado, mencionando "avanços substanciais este ano" para conseguir o fechamento da prisão, uma promessa de campanha de Obama. Ainda restam 149 presos em Guantánamo.