Agência France-Presse
postado em 07/06/2014 11:35
Cairo - Um tribunal de apelações egípcio anulou neste sábado a condenação a 10 anos de prisão de um policial pela morte de 37 prisioneiros islamitas com bombas de gás lacrimogêneo, assim como a condenação de outros três policiais pela morte em agosto destes partidários do presidente deposto Mohamed Mursi.[SAIBAMAIS]Os 37 islamitas morreram após o lançamento de bombas de gás lacrimogêneo no interior do furgão policial que os transferia de uma delegacia de polícia a uma prisão próxima do Cairo.
No momento dos crimes, o oficial, chefe-adjunto da delegacia, era o encarregado de supervisionar a transferência dos prisioneiros. Os magistrados do primeiro julgamento consideraram culpados de homicídio culposo os quatro policiais, depois de determinar que agiram com imprudência.
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Já o tribunal de apelações ordenou a transferência do caso ao ministério público para uma posterior investigação. O advogado de direitos humanos Amr Imam declarou à AFP que a decisão "significa que o caso volta ao ponto de partida".
Desde que o exército depôs Mursi, em julho de 2013, as autoridades dirigidas de fato pelos militares lançaram uma dura repressão contra os partidários do ex-presidente islamita, que deixou mais de 1.400 mortos e 15.000 detidos.