Agência France-Presse
postado em 07/06/2014 13:36
Damasco - O regime sírio classificou neste sábado de violação da soberania nacional as críticas da União Europeia às eleições presidenciais organizadas por Damasco nesta semana, que terminaram com a reeleição do presidente Bashar al-Assad.A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, havia classificado de ilegítima a eleição organizada em plena guerra e apenas nas zonas controladas por Damasco. Além disso, Ashton havia considerado que as eleições minavam "os esforços políticos para encontrar uma solução para esse horrível conflito".
[SAIBAMAIS]O ministério sírio das Relações Exteriores "critica o comunicado da União Europeia sobre a eleição presidencial na Síria", ao estimar que se trata de uma "violação flagrante do direito internacional, que estipula o respeito à soberania dos Estados e a não ingerência em seus assuntos", segundo um comunicado.
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"Esta posição da UE se opõe aos princípios básicos da democracia e do respeito ao direito dos povos em escolher seus dirigentes e decidir seu futuro nas urnas", acrescenta o comunicado.
A família Assad dirige a Síria com mão de ferro há 40 anos, depois de amordaçar a imprensa e a oposição e esmagar um levante do movimento islamita Irmandade Muçulmana na década de 1980. A oposição no exílio e os Estados Unidos também consideraram esta eleição ilegítima, enquanto Moscou e Teerã, aliados de Assad, defenderam sua legitimidade.