postado em 08/06/2014 08:00
[FOTO1]O novo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, tomou posse ontem com a promessa de manter a integridade territorial do país, ameaçada pela agitação separatista na região leste. Dono de uma fábrica de chocolates, o milionário empresário pediu aos manifestantes que larguem as armas. Durante discurso no parlamento, o mandatário se dirigiu diretamente à população que vive nos redutos pró-Moscou e, falando em russo, garantiu mais autonomia às zonas hoje dominadas pelos rebeldes. Apesar do conflito entre as forças do governo e os rebeldes, Poroshenko disse não desejar uma guerra. ;Eu não quero vingança, apesar do enorme sacrifício do povo ucraniano;, declarou.
Entretanto, em Donetsk, onde os habitantes já se pronunciaram em referendo pelo desligamento do governo central de Kiev, um porta-voz dos ativistas rechaçou o pedido de cessar-fogo e assegurou que os conflitos continuarão. ;O que eles realmente querem é o desarmamento de apenas um lado e que nos rendamos. Isso nunca vai acontecer;, afirmou Fyodor Berezin, importante referência entre os insurgentes da região. ;Enquanto tropas ucranianas continuarem no nosso solo, para mim, tudo o que Poroshenko quer é subjugação;, concluiu. Ontem, um conselheiro separatista morreu baleado.
Mikhail Zubarov, embaixador da Rússia em Kiev, de volta à capital ucraniana pela primeira vez desde fevereiro, endossou o diálogo proposto por Poroshenko e revelou que os primeiros contatos, que trazem esperança à nação, devem ocorrer nos próximos dias. ;Para nós, é indispensável deter a operação militar;, disse Zurabov, citado pela agência Interfax Ucrânia. Apesar de considerar as eleições na ex-república soviética ilegítimas, Moscou classificou o presidente ; eleito com 54,7% dos votos ; de ;sócio sério;.
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