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Moscou denuncia sanções veladas da UE por suspensão de gasoduto

O presidente Vladimir Putin inaugurou pessoalmente, em dezembro de 2012, o início das obras do gasoduto, que une Rússia e Bulgária

postado em 09/06/2014 12:54
Moscou - A Rússia denunciou nesta segunda-feira (9/6) que a suspensão da construção do gasoduto South Stream imposta pela União Europeia à Bulgária faz parte de uma adoção velada de sanções eonômicas contra Moscou.

"Existem sinais diretos que mostram que as sanções da Comissão Europeia sobre o South Stream estão vinculadas à crise na Ucrânia", afirmou à agência Itar-Tass o representante russo ante a UE, Vladimir Tchijov.

A Bulgária suspendeu a construção do polêmico gasoduto South Stream, apoiado pela Rússia, após críticas da União Europeia e dos Estados Unidos, anunciou no domingo o primeiro-ministro búlgaro, Plamen Oresharski.

"Decidiremos sobre desenvolvimentos futuros depois de consultas com Bruxelas", acrescentou Oresharski após uma reunião com senadores dos Estados Unidos.

O presidente Vladimir Putin inaugurou pessoalmente, em dezembro de 2012, o início das obras do gasoduto, que une Rússia e Bulgária.



O objetivo era evitar a instável Ucrânia, rota convencional para o gás russo enviado aos clientes europeus da Gazprom.

O gasoduto é construído por um consórcio formado pelo grupo russo Gazprom, pelo italiano ENI, pelo francês EDF e pelo alemão Wintershall.

A Comissão Europeia pediu há alguns dias a suspensão do trecho búlgaro deste projeto, até que "esteja em conformidade com o direito europeu" no que diz respeito às regras comunitárias sobre as licitações públicas.

"A preferência dada às empresas russas e búlgaras sem a publicação de uma licitação no Diário Oficial da UE é uma clara violação das regras europeias", explicou a UE.

O traçado deste duto - que inclui uma etapa de 900 km pelo leito do Mar Negro -, atravessa Bulgária, Sérvia, Hungria, Eslovênia e depois se conecta na Áustria à principal rede de dutos europeia.

O custo deste novo duto foi estimado em 16,5 bilhões de euros. Está prevista uma capacidade de transporte de 63 bilhões de metros cúbicos por ano, o equivalente às compras de gás europeias que transitam pela Ucrânia.

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