Agência France-Presse
postado em 11/06/2014 11:31
Beirute - Um grupo rebelde sírio apoiado por países ocidentais e árabes pediu nesta quarta-feira ajuda para enfrentar os jihadistas na região do leste, fronteiriça com o Iraque, onde os islamitas radicais se apoderaram de Mossul, a segunda cidade do país.[SAIBAMAIS]"O conselho militar superior pede a todos os países árabes e irmãos, sobretudo Arábia Saudita, Turquia, Catar, Emirados Árabes Unidos e Jordânia, que ajudem as brigadas e batalhões em terra na província de Deir Ezzor para enfrentar a organização terrorista Estado Islâmico no Iraque e Levante", afirma o Exército Sírio Livre (ASL) em um comunicado.
O EIIL quer criar um Estado islâmico em um território situado entre Síria e Iraque. Na terça-feira, este grupo ultrarradical tomou o controle de toda a província de Nínive, da qual Mossul depende, e de setores de outras províncias iraquianas.
Na Síria, o EIIL controla zonas do leste do país, sobretudo na província petrolífera de Deir Ezzor, onde desde abril são travados combates entre este grupo e os rebeldes aliados com a Frente Al-Nosra, o braço oficial da Al-Qaeda na Síria.
Estes combates deixaram mais de 630 mortos em 40 dias e mais de 130.000 deslocados civis. Inicialmente, os rebeldes viram com bons olhos o EIIL, um grupo que defende uma interpretação rígida do Islã. O consideravam um apoio importante na guerra que travam há três anos contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad.
Mas diante dos abusos atribuídos a este grupo, principalmente o sequestro e a execução de civis e rebeldes de movimentos rivais, todas as coalizões da insurgência decidiram lutar contra ele. No norte e no leste da Síria, mais de 6.000 pessoas morreram em confrontos desde janeiro, informou o OSDH.