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Conheça o EIIL, grupo jihadista radical com milhares de combatentes

O EIIL surgiu a partir do Estado Islâmico no Iraque (EII), o braço iraquiano da Al-Qaeda dirigido por Abu Bakr al-Bagdadi

Agência France-Presse
postado em 11/06/2014 12:10

Bagda - O Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL) é um grupo jihadista radical que conseguiu recrutar milhares de combatentes.

Fundação

[SAIBAMAIS]O EIIL surgiu a partir do Estado Islâmico no Iraque (EII), o braço iraquiano da Al-Qaeda dirigido por Abu Bakr al-Bagdadi.

Em abril de 2013, Bagdadi anunciou que o Estado Islâmico do Iraque e a Frente Al-Nosra, um grupo jihadista presente na Siria, se fundiriam para se converter no Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL).

[SAIBAMAIS]Mas a Al-Nosra nega-se a aderir a este novo movimento e os dois grupos começaram a agir separadamente até o início, em janeiro de 2014, de uma guerra entre eles.

O EIIL contesta abertamente a autoridade do chefe da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, e rejeitou seu pedido de que se concentre no Iraque e deixe a Síria para a Al-Nosra.

Efetivos

Charles Lister, pesquisador do Brookings Doha Centre, estima que o EIIL conta com entre 5.000 e 6.000 combatentes no Iraque e entre 6.000 e 7.000 na Síria.

Estes números não puderam ser confirmados por outras fontes.

Nacionalidades

Na Síria, a maioria dos combatentes em terra são sírios, mas seus comandantes costumam chegar do exterior e lutaram em Iraque, Chechênia, Afeganistão e em outras frentes. No Iraque, a maioria de seus combatentes são iraquianos.

Segundo o islamólogo Romain Caillet, do Instituto francês de Oriente Médio, muitos de seus chefes militares são iraquianos ou líbios, enquanto os líderes religiosos são sauditas ou tunisianos.

O EIIL também conta com centenas de combatentes francófonos, como franceses, belgas e magrebinos.

Ideologia


O EIIL nunca jurou lealdade ao chefe da Al-Qaeda, mas o grupo defende o mesmo tipo de ideologia jihadista e quer instaurar um Estado Islâmico em uma região situada entre Síria e Iraque.

Padrinhos

O EIIL não parece contar com o apoio de nenhum Estado e, segundo os analistas, recebe a maior parte de seus fundos de doadores individuais, em sua maioria oriundos do Golfo Pérsico. No Iraque, o grupo também depende de personalidades tribais locais.

Presença em terra


O EIIL tomou em janeiro, junto com outros grupos insurgentes, o controle de Fallujah e de setores de Ramadi, a oeste de Bagdá.

Desde a semana passada, lançou muitos ataques no Iraque e na terça-feira conseguiu se apoderar, com outros jihadistas, da província de Nínive, e de setores de Kirkuk e Salahedin.

Na Síria é considerada a força combatente mais eficaz contra o regime do presidente Bashar al-Assad.

Mas depois de ter sido acolhidos favoravelmente por alguns rebeldes sírios, acabaram pegando em armas contra eles.



Esta mudança se deveu a sua vontade hegemônica e às atrocidades que são atribuídas ao grupo, sobretudo o sequestro e a execução de civis e de rebeldes de movimentos rivais.

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