Agência France-Presse
postado em 12/06/2014 20:24
Nova York - O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta quinta-feira os atos "terroristas" cometidos no Iraque, onde os combatentes jihadistas continuam avançando para Bagdá, e pediu um diálogo urgente no país entre todas as partes.Durante duas horas, os 15 membros do Conselho discutiram sobre a situação no Iraque e, por videoconferência, receberam um informe do enviado especial da ONU nesse país, Nickolay Mladenov. Após a reunião, o Conselho manifestou seu apoio unânime ao governo na luta contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e Levante (Eiil).
O embaixador russo na ONU, Vitali Churkin, disse que o Conselho condena "todos os atos terroristas e extremistas" no Iraque, mas insistiu que Bagdá deve tratar muitas questões complexas políticas e sociais das comunidades e das petroleiras.
A Rússia ocupa atualmente a presidência rotativa do Conselho.
Ainda de acordo com Churkin, é uma "ocasião excepcional" para o início de um "diálogo nacional aberto e para resolver um leque de problemas".
Para conseguir esse diálogo, "devem ser feitos esforços intensos", frisou o diplomata russo.
"A coisa mais importante de imediato é alcançar uma espécie de ;modus vivendi; entre as principais forças políticas para que possam lutar juntas eficazmente contra os terroristas", acrescentou.
Já o embaixador francês na ONU, Gérard Araud, mencionou a necessidade de um diálogo político em Bagdá e, em sua conta no Twitter, escreveu que "a crise iraquiana tem uma dimensão essencialmente política".
"Bagdá deve responder às preocupações dos sunitas e estender a mão aos curdos", defendeu o francês.
Nesta quinta, os insurgentes sunitas assumiram o controle de uma cidade situada a apenas 90 km de Bagdá. Já as forças curdas iraquianas tomaram a cidade petroleira de Kirkuk, 240 km ao norte da capital, para tentar evitar um possível assalto dos jihadistas.
Segundo Churkin, durante seu relato, Nickolay Mladenov explicou que a missão da ONU tem uma capacidade "muito limitada" para responder às necessidades humanitárias dos 500.000 deslocados de Mossul.