Agência France-Presse
postado em 13/06/2014 08:59
O secretário mexicano das Relações Exteriores, José Antonio Meade, declarou nesta sexta-feira (13/6) em Londres que a única rivalidade com o Brasil é no futebol, convidando o país a superar a relutância quanto à Aliança do Pacífico.
"A única rivalidade com o Brasil é no futebol. E esperamos vencê-los esta semana", brincou ele em referência a partida entre os dois países na Copa do Mundo em 17 de junho.
O chefe da diplomacia mexicana respondeu assim a perguntas sobre as diferenças entre os dois países, incluindo sobre a criação da Aliança do Pacífico, um bloco comercial que reúne Chile, Colômbia, Peru e México.
Meade declarou que a Aliança não tem a intenção de competir com outros projetos de integração como CELAC (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos), e lançou uma mensagem tranquilizadora para o Brasil.
"A Aliança do Pacífico não tem a intenção de ser um espaço político" e "não tem outro propósito além de melhorar a vida de seus cidadãos de uma forma muito pragmática e direta", garantiu.
[SAIBAMAIS]"O que queremos com os países observadores, e gostaríamos que o Brasil fizesse parte, é definir o que pode funcionar na Aliança do Pacífico".
"Se conseguíssemos que se envolvessem em uma dessas questões", disse ele, citando progressos em questões de regulação do comércio ou de intercâmbio de estudantes, "acredito que acabariam reconhecendo que a Aliança do Pacífico está fornecendo boas e concretas respostas quando se reúne".
Na sua última reunião no final de maio, Colômbia, Chile, México e Peru concordaram em convidar mais países da América Latina a integrar a Aliança, visando particularmente o Brasil e a Argentina, que têm o seu próprio bloco, o Mercosul, junto ao Uruguai, Paraguai e Venezuela.
Os países da Aliança são responsáveis por 37% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina e Caribe e 47% do comércio exterior na região.