Agência France-Presse
postado em 13/06/2014 11:05
O presidente iraniano, Hassan Rohani, reiterou nesta sexta-feira (13/6) o seu apoio às autoridades de Bagdá para combater o terrorismo no Iraque, onde insurgentes sunitas lançaram uma ofensiva relâmpago tomando vários territórios no norte e no leste do país.Rohani falou ao telefone com seu aliado o primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki, um xiita, dizendo que seu governo não poupará esforços para "lutar contra os massacres e crimes de terrorismo" no Iraque.
O Irã "não permitirá ao terrorismo de desestabilizar o Iraque", assegurou a Maliki, cujo governo anunciou a criação de um plano de segurança para defender Bagdá, enquanto os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) estão a menos de 100 km da capital.
Rohani também elogiou a chamada lançada pelo grande aiatolá Ali al-Sistani, a mais alta autoridade religiosa xiita no Iraque, a pegar em armas contra os jihadistas.
A ofensiva do EIIL representa "um perigo que transcende as fronteiras" do Iraque, considerou, por sua vez, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, em uma conversa por telefone nesta sexta-feira com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Nem o presidente nem o chanceler, no entanto, deram detalhes sobre as ações que o Irã poderia adotar para apoiar o seu vizinho Iraque.
Um ex-oficial de inteligência afirmou, no entanto, que Teerã poderia enviar conselheiros militares, como o faz para a Síria, onde apoia o presidente Bashar al-Assad.
O EIIL também é muito ativo na Síria, onde controla grandes setores da província petrolífera de Deir Ezzor (nordeste), aumentando os temores de uma unidade territorial com o norte do Iraque.
"Nós já os derrotamos (...) Isso pode ser feito de novo", disse o oficial iraniano.