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Obama considera opções para o Iraque, mas descarta envio de tropas

Os Estados Unidos retiraram as suas últimas tropas do Iraque em 2011, oito anos depois de derrubar o então ditador Saddam Hussein

Agência France-Presse
postado em 13/06/2014 13:57
Os Estados Unidos retiraram as suas últimas tropas do Iraque em 2011, oito anos depois de derrubar o então ditador Saddam Hussein
O presidente Barack Obama declarou nesta sexta-feira (13/6) que examina todas as opções, com exceção do envio de tropas ao Iraque, para enfrentar a ofensiva extremista sunita, mas advertiu que o país deve superar suas próprias divisões.

"Não enviaremos tropas americanas novamente para combater no Iraque, mas pedi a minha equipe de segurança nacional que prepare uma série de opções que possam ajudar as forças de segurança iraquianas", disse Obama.

O governo do primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki pediu que os Estados Unidos forneçam ajuda militar para conter o avanço do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), um grupo extremista sunita.

[SAIBAMAIS]No entanto, em breves declarações à imprensa na Casa Branca, Obama advertiu ao governo de Bagdá que ele mesmo foi o responsável pelo desastre ao não conseguir evitar as divisões entre os campos sunitas e xiitas do país.

"Os Estados Unidos não vão se envolver em uma ação militar na ausência de um plano político dos iraquianos que nos dê alguma garantia de que eles estão dispostos a trabalhar juntos", disse.

"Não vamos nos permitir ser arrastados de volta para uma situação na qual, enquanto estamos lá, estamos abafando as coisas, e depois de enormes sacrifícios feitos por nós, assim que saímos, subitamente as pessoas acabam agindo de maneiras que não são favoráveis para a estabilidade no longo prazo do país".

Os Estados Unidos retiraram as suas últimas tropas do Iraque em 2011, oito anos depois de derrubar o então ditador Saddam Hussein, mas Obama disse estar estudando opções para aumentar o apoio contínuo ao exército iraquiano.



O presidente acrescentou, no entanto, que "qualquer ação que tomemos para fornecer assistência às forças de segurança iraquianas deve ser acompanhada por um esforço sério e sincero dos líderes iraquianos para deixar de lado as diferenças sectárias".

"Ninguém tem interesse em ver os terroristas ganharem uma posição no interior do Iraque e ninguém vai se beneficiar de ver o Iraque no caos", disse.

"Então os Estados Unidos vão fazer a sua parte, mas entendo que, em última instância, cabe aos iraquianos como uma nação soberana resolver os seus problemas".

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