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Maliki afirma que Exército começa a 'limpar' cidades dos terroristas

De acordo com o aiatolá Ali al-Sistani, "o Iraque enfrenta um grande desafio e um perigo sem precedentes

Agência France-Presse
postado em 13/06/2014 15:47
Bagdá- O primeiro-ministro iraquiano afirmou nesta sexta-feira que as forças de segurança tinham começado a "limpar" algumas cidades dos jihadistas, que avançam em três frentes em direção à Bagdá em uma ofensiva relâmpago. Em Washington, o presidente americano, Barack Obama, que descartou o envio de tropas terrestres ao Iraque, declarou que analisa "várias opções para apoiar as forças de segurança iraquianas", enquanto uma autoridade americana mencionou um ataque aéreo com aviões não tripulados ("drones").

Obama também declarou que "sem esforço político, qualquer ação militar está fadada ao fracasso". "Os Estados Unidos não vão se envolver em uma ação militar na ausência de um plano político dos iraquianos que nos dê alguma garantia de que eles estão dispostos a trabalhar juntos", disse. Os combatentes do grupo radical sunita do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) são conhecidos por seus abusos na Síria, onde também combatem as forças do governo local.

Preocupada com os avanços dos extremistas, a ONU alertou para as "informações sobre execuções sumárias e extrajudiciais" no Iraque. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) registrou cerca de 40.000 pessoas fugindo dos combates em Tikrit e Samarra, e de mais de 500.000, em Mossul, a segunda maior cidade do país. O deslocamento em massa de iraquianos suscita preocupações cada vez maiores a respeito de uma longa crise humanitária no país.

Posicionados a menos de 100 km da capital, os jihadistas avançam em direção a Bagdá por ruas quase desertas, a partir da província de Al-Anbar, a oeste, de Saladino, ao norte, e de Dijalah, a leste. O abandono de postos pelas forças de segurança diante desta ofensiva lembra "o que aconteceu com o Exército americano quando as forças americanas entraram no Iraque", segundo o ministro das Relações Exteriores.

Frente a esta situação, o aiatolá Ali al-Sistani, a principal autoridade religiosa xiita no Iraque, pediu nesta sexta que todos peguem em armas contra os combatentes do EIIL."Os cidadãos que podem usar armas e combater os terroristas para defender seu país, seu povo e seus locais sagrados, devem ser voluntários e se juntar às forças de segurança para cumprir este objetivo sagrado", declarou em seu sermão semanal o xeque Abdel Mahdi al-Karbalai, nome do aiatolá Sistani.

Pouco antes, o governo fez o mesmo apelo à população. Milhares de voluntários já responderam e foram conduzidos nesta sexta para campos de treinamento em Taji, ao norte de Bagdá. De acordo com o aiatolá Ali al-Sistani, "o Iraque enfrenta um grande d
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