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Candidatos da Colômbia disputam segundo turno em eleição polarizada

As últimas sondagens eleitorais se dividem entre o empate técnico e a vitória por margem estreita de Santos ou de Zuluaga

postado em 15/06/2014 08:00
As últimas sondagens eleitorais se dividem entre o empate técnico e a vitória por margem estreita de Santos ou de Zuluaga

Depois de uma campanha eleitoral marcada pela trocas de acusações e por intensos debates, a disputa presidencial na Colômbia chega ao fim no escuro. Enquanto várias pesquisas de intenção de voto apontam um empate técnico entre o presidente, Juan Manuel Santos, candidato à reeleição pela coalizão Unidade Nacional, e Óscar Iván Zuluaga, do Centro Democrático, cerca de 39 milhões de colombianos devem ir às urnas hoje para definir qual dos políticos será o chefe do Palácio de Nariño pelos próximos quatro anos. O fator decisivo para o pleito, porém, é motivo de divisão entre os próprios eleitores: as negociações de paz entre Bogotá e a guerrilha esquerdista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

As últimas sondagens eleitorais se dividem entre o empate técnico e a vitória por margem estreita de Santos ou de Zuluaga. O atual chefe de Estado é apontado como vencedor por um estudo da consultoria Cifras y Conceptos divulgado em 6 de junho: ele teria 43,4% das intenções de votos. O concorrente, Zuluaga, porém, aparece vitorioso na pesquisa Ipsos Napoleón Franco, divulgada em 7 de junho, com 49% dos votos. ;Eu não me recordo de uma eleição em que a polarização foi tão alta como essa. Sempre foi possível saber quem seria o ganhador e, neste ano, a disputa está muito apertada;, relata Felipe Botero, cientista político da Universidad de los Andes, em Bogotá.

Com a economia colombiana em progresso e o avanço nas negociações com as Farc ; sediadas em Havana desde novembro de 2012 ;, Santos era considerado favorito para ganhar a eleição. O bom desempenho no processo de paz foi uma das principais bandeiras da campanha do candidato à reeleição, e o tema dominou a campanha. Zuluaga, porém, conquistou espaço entre os eleitores que questionam os termos do diálogo com as Farc e a disposição da guerrilha em abandonar as armas e o narcotráfico, após 50 anos de existência. ;Esse é um tema muito sensível, pois não há previsão de quando vamos chegar à paz;, observa Patricia Muñoz Yi, especialista em opinião pública e mercado político da Pontifícia Universidad Javeriana, em Bogotá.

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