postado em 16/06/2014 16:08
Mpeketoni - Islamitas somalis shebab assumiram a autoria do ataque que matou 49 pessoas no domingo (15/6) à noite, em uma nova ação contra uma localidade costeira perto do arquipélago turístico de Lamu (leste do Quênia), abrindo fogo contra hotéis, restaurantes e prédios públicos. O ataque é o mais violento desde da ação de um comando shebab contra o shopping Westgate de Nairóbi, em setembro de 2013, que terminou com 67 mortos.
O chefe de polícia David Kimaiyo não hesitou em atribuir imediatamente o ataque a ativistas shebab da vizinha Somália, cuja fronteira fica 100 km ao norte. Além de reivindicar o ataque, o grupo ligado à Al-Qaeda afirmou que os turistas e estrangeiros residentes devem deixar o país. O grupo explicou em um comunicado que o ataque foi uma vingança contra o governo do Quênia, que "oprime brutalmente os muçulmanos através da coação, intimidação e assassinatos ilegais de acadêmicos muçulmanos".
Os moradores estavam em choque nesta segunda-feira. Entre os escombros ainda era possível ouvir os gritos de dor. No interior das modestas residências havia cadáveres em meio à poças de sangue. Equipes da Cruz Vermelha tentavam prestar ajuda aos feridos. Quase 50 homens cometeram o ataque durante a transmissão da Copa do Mundo na localidade de Mpeketoni, que fica a 30 km da cidade turística de Lamu, que é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco.
Segundo fontes locais, a região de Mpeketoni tem principalmente cristãos, enquanto na costa, onde ficam os turistas ocidentais, a maioria é muçulmana. Os extremistas atacaram a delegacia de polícia local, mas os agentes responderam ao ataque, segundo a porta-voz da polícia queniana, Zipporah Mboroki. Depois abriram fogo nas ruas, antes de invadir hotéis e restaurantes, onde os clientes assistiam as partidas da Copa do Mundo do Brasil.
Os tiros foram ouvidos durante toda a noite e o exército mobilizou dispositivos aéreos para localizar os criminosos, segundo o Centro Nacional de Gestão de Catástrofes (NDOC). "O balanço é de 49 mortos", declarou à AFP Mboroki. Mas o policial afirmou que o balanço pode aumentar, já que as autoridades ainda procuram corpos.
"Eram quase 50 criminosos, fortemente armados, que estavam em três automóveis. Exibiam a bandeira dos shebab e falavam em somali. Gritavam ;Allahu Akba; (Deus é grande)", declarou o chefe adjunto da polícia do departamento, Benson Maisori "Desde o início do ataque contra a delegacia de polícia, as autoridades locais pediram a todos os estabelecimentos que exibiam as partidas que fechassem as portas e aos clientes que retornassem para suas casas", contou à AFP o jornalista queniano Ferdinand Omondi.
"A segurança foi reforçada em todo o país", afirmou o ministro do Interior Ole Lenku. "Ultrapassaram todos os limites", afirmou, chamando o ataque de "ato hediondo". Ao que parece, a maioria dos homens conseguiram escapar e continuaram espalhando o terror na região, especialmente na localidade de Kibanoi, a seis quilômetros de Mpeketoni.
A tensão não para de aumentar desde março, quando os atentados ganharam intensidade, especialmente na costa do Oceano Índico, com ameaças a zonas turísticas. O ataque em Mpeketoni eleva a 77 o número de mortos desde o início de 2014 no Quênia em ações atribuídas aos shebab ou a seus simpatizantes.
Os shebab ameaçaram com represálias depois que o Quênia enviou seu exército para combater os extremistas na Somália, em outubro de 2011. O exército queniano se uniu à força da União Africana que combate os islamitas. O primeiro-ministro somali, Abdiweli Sheikh Ahmed, condenou por sua vez "os atos de terrorismo covardes contra civis inocentes". Os Estados Unidos condenaram o ataque nos termos mais duros. "Não há lugar para atos de violência cmo ete em nenhuma sociedade", afirmou Jen Psaki à imprensa.
O chefe de polícia David Kimaiyo não hesitou em atribuir imediatamente o ataque a ativistas shebab da vizinha Somália, cuja fronteira fica 100 km ao norte. Além de reivindicar o ataque, o grupo ligado à Al-Qaeda afirmou que os turistas e estrangeiros residentes devem deixar o país. O grupo explicou em um comunicado que o ataque foi uma vingança contra o governo do Quênia, que "oprime brutalmente os muçulmanos através da coação, intimidação e assassinatos ilegais de acadêmicos muçulmanos".
Os moradores estavam em choque nesta segunda-feira. Entre os escombros ainda era possível ouvir os gritos de dor. No interior das modestas residências havia cadáveres em meio à poças de sangue. Equipes da Cruz Vermelha tentavam prestar ajuda aos feridos. Quase 50 homens cometeram o ataque durante a transmissão da Copa do Mundo na localidade de Mpeketoni, que fica a 30 km da cidade turística de Lamu, que é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco.
Segundo fontes locais, a região de Mpeketoni tem principalmente cristãos, enquanto na costa, onde ficam os turistas ocidentais, a maioria é muçulmana. Os extremistas atacaram a delegacia de polícia local, mas os agentes responderam ao ataque, segundo a porta-voz da polícia queniana, Zipporah Mboroki. Depois abriram fogo nas ruas, antes de invadir hotéis e restaurantes, onde os clientes assistiam as partidas da Copa do Mundo do Brasil.
Os tiros foram ouvidos durante toda a noite e o exército mobilizou dispositivos aéreos para localizar os criminosos, segundo o Centro Nacional de Gestão de Catástrofes (NDOC). "O balanço é de 49 mortos", declarou à AFP Mboroki. Mas o policial afirmou que o balanço pode aumentar, já que as autoridades ainda procuram corpos.
"Eram quase 50 criminosos, fortemente armados, que estavam em três automóveis. Exibiam a bandeira dos shebab e falavam em somali. Gritavam ;Allahu Akba; (Deus é grande)", declarou o chefe adjunto da polícia do departamento, Benson Maisori "Desde o início do ataque contra a delegacia de polícia, as autoridades locais pediram a todos os estabelecimentos que exibiam as partidas que fechassem as portas e aos clientes que retornassem para suas casas", contou à AFP o jornalista queniano Ferdinand Omondi.
"A segurança foi reforçada em todo o país", afirmou o ministro do Interior Ole Lenku. "Ultrapassaram todos os limites", afirmou, chamando o ataque de "ato hediondo". Ao que parece, a maioria dos homens conseguiram escapar e continuaram espalhando o terror na região, especialmente na localidade de Kibanoi, a seis quilômetros de Mpeketoni.
A tensão não para de aumentar desde março, quando os atentados ganharam intensidade, especialmente na costa do Oceano Índico, com ameaças a zonas turísticas. O ataque em Mpeketoni eleva a 77 o número de mortos desde o início de 2014 no Quênia em ações atribuídas aos shebab ou a seus simpatizantes.
Os shebab ameaçaram com represálias depois que o Quênia enviou seu exército para combater os extremistas na Somália, em outubro de 2011. O exército queniano se uniu à força da União Africana que combate os islamitas. O primeiro-ministro somali, Abdiweli Sheikh Ahmed, condenou por sua vez "os atos de terrorismo covardes contra civis inocentes". Os Estados Unidos condenaram o ataque nos termos mais duros. "Não há lugar para atos de violência cmo ete em nenhuma sociedade", afirmou Jen Psaki à imprensa.