postado em 17/06/2014 06:30
A situação mais tensa na Europa desde o fim da Guerra Fria, em 1989-1990, parece a caminho com o anúncio de que a estatal russa Gazprom suspendeu, desde ontem, o suprimento de gás para a Ucrânia, na ausência de acordo sobre uma dívida de US$ 4,5 bilhões, da qual Moscou cobra a quitação imediata de US$ 1,95 bilhão. O corte pode afetar o abastecimento da Europa Ocidental, e a crise ameaça o aquecimento no inverno, mas o governo ucraniano anunciou que já negocia opções com fornecedores europeus.
;Fomos informados de que o fornecimento de gás à Ucrânia foi reduzido a zero e que restam apenas volume em trânsito para países europeus;, afirmou em Kiev o ministro da Energia, Yuri Prodan. Ele garantiu a passagem do combustível através do país com destino ao Ocidente. Uma delegação da estatal ucraniana Neftogaz deve se reunir hoje com emissários europeus, em Budapeste, para pedir a cessão de parte do gás que importam da Rússia. ;Há companhias dispostas a nos abastecer a um bom preço, US$ 320 por mil metros cúbicos;, disse o diretor da Naftogaz, Andri Kobolev.
A estatal ucraniana já é cliente do grupo alemão RWE e do francês Gaz de France. Segundo Kobolev, outras companhias já fizeram propostas. O arranjo, porém, pode esbarrar na resistência do fornecedor original. O presidente da Gazprom, Alexei Miller, disse que considera esse tipo de triangulação ilegal. As companhias europeias ;não têm o direito de fazer isso;, declarou ele, de acordo com a agência de notícias russa RIA Novosti. Miller advertiu sobre ;riscos significativos; de interrupções no suprimento de gás para a Europa Ocidental, apesar das garantias dadas por Kiev. A empresa russa sustenta que, na condição de inadimplente, a Ucrânia terá de pagar antecipadamente e receberá a quantia exata de gás pela qual tenha pagado.
A estatal ucraniana já é cliente do grupo alemão RWE e do francês Gaz de France. Segundo Kobolev, outras companhias já fizeram propostas. O arranjo, porém, pode esbarrar na resistência do fornecedor original. O presidente da Gazprom, Alexei Miller, disse que considera esse tipo de triangulação ilegal. As companhias europeias ;não têm o direito de fazer isso;, declarou ele, de acordo com a agência de notícias russa RIA Novosti. Miller advertiu sobre ;riscos significativos; de interrupções no suprimento de gás para a Europa Ocidental, apesar das garantias dadas por Kiev. A empresa russa sustenta que, na condição de inadimplente, a Ucrânia terá de pagar antecipadamente e receberá a quantia exata de gás pela qual tenha pagado.
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