Agência France-Presse
postado em 17/06/2014 08:30
Kiev - O governo da Ucrânia afirmou nesta terça-feira (17/6) que não teme uma crise após o corte do fornecimento de gás decidido pela Rússia, país do qual deseja reduzir a dependência. O presidente da empresa ucraniana Naftogaz, Andrei Kobolev, afirmou que a população de 46 milhões do país não deve temer uma penúria, apesar da Rússia ter reduzido a zero o fornecimento de gás e enviar volumes destinado apenas aos países europeus."Acredito que os consumidores não serão afetados de nenhuma maneira", disse. "Sobre a possibilidade da Naftogaz fornecer gás (aos consumidores), há gás na reserva", completou, sem entrar em detalhes.
A Rússia cortou na segunda-feira (16/6) o fornecimento de gás para a Ucrânia, após o fracasso das negociações sobre o preço. Além disso, Moscou exige o pagamento de uma dívida de 4,5 bilhões de dólares por Kiev.
[SAIBAMAIS]A Rússia "reduziu a zero" o fornecimento de gás para a Ucrânia e permite a passagem apenas do combustível destinado aos países europeus. O governo ucraniano assegurou que o país não prejudicará o trânsito para a Europa. Quase metade do gás que a Rússia exporta para a Europa - 15% do consumo europeu - transita por território ucraniano.
A Ucrânia afirma que deseja implementar "fluxos invertidos" para receber parte do gás russo que os países europeus importam. O primeiro-ministro Arseni Yatseniuk declarou no Parlamento que "um pequeno volume de fluxos invertidos" começou a ser produzido.
"Pequenos volumes de fluxos invertidos são insuficientes para fornecer gás a Ucrânia, mas quando tivermos fluxos maiores, o fornecimento pode ser da ordem de 15 bilhões de metros cúbicos. Este volume é suficiente para fornecer gás a Ucrânia" disse Yatseniuk.