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Greve de ferroviários contra reforma do setor completa sete dias na França

A paralisação, que provoca todos os dias muitos cancelamentos de viagens e atrasos, é o primeiro grande conflito social para o governo socialista do presidente François Hollande

Agência France-Presse
postado em 17/06/2014 12:35
Paris - A greve de ferroviários na França, que perturba gravemente o tráfego de trens e o transporte público, completou sete dias nesta terça-feira (17/6), dia em que o parlamento inicia seus debates sobre uma reforma do setor criticada pelos dois grandes sindicatos. A greve, que provoca todos os dias muitos cancelamentos de viagens e atrasos, é o primeiro grande conflito social para o governo socialista do presidente François Hollande.

Trabalhadores ferroviários fazem protestos em estação de trem, em Paris
Nesta terça-feira (17) foi prorrogada por mais 24 horas pelas centrais convocantes, CGT-Cheminots (ferroviários) e SUD-Rail. Apesar das manifestações dos ferroviários em Paris e em várias cidades francesas, o governo está "disposto a ir até o fim" com a reforma, reiterou nesta terça-feira o Secretário de estado francês de Transportes, Frédéric Cuvillier.



A reforma é imprescindível e esta greve "não é nem útil, nem responsável", havia declarado na segunda-feira o primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, na rádio. A reforma tem por objetivo estabilizar a enorme dívida de 44 bilhões de euros do setor ferroviário francês e preparar sua abertura à concorrência. Para isso, o governo prevê agrupar em um holding público a SNCF (Sociedade Nacional de Ferrovias francesa) e a RFF (Rede Ferroviária da França).

A oposição de direita UMP, que considera a greve escandalosa, prometeu não fazer os debates durarem no Parlamento. "Entendemos que a tática dos grevistas é prorrogar a greve enquanto durarem os debates. Portanto, não os faremos durar", declarou o presidente do grupo UMP na Assembleia Nacional (Câmara Baixa), Christian Jacob. Está previsto que o debate parlamentar se prolongue até quinta-feira.

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