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Guerrilheiros xiitas retornam da Síria e reagem ao levante sunita

Tropas de Bagdá evitam tomada de cidade próxima à capital, enquanto a Guarda Revolucionária do Irã chega ao país para reforçar a luta contra os terroristas

postado em 18/06/2014 06:00
Forças do governo iraquiano enfrentaram ontem militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) nas proximidades de Bagdá. Durante a madrugada, insurgentes tentaram controlar a cidade de Baquba, a 60km da capital, mas foram contidos, segundo informações do Exército. O presidente norte-americano, Barack Obama, se reúne hoje com líderes do Congresso para debater a melhor resposta para o avanço jihadista. Militares da Guarda Revolucionária do Irã chegaram ao país para reforçar as tropas locais. Relatos indicam que o comandante de uma unidade de elite da guarda, Qaem Suleimani, está em Bagdá e coordena a ação contra os extremistas.


Milicianos de tribo xiita ostentam armas e foto do aiatolá Ali Al-Sistani, na cidade de Najaf: rumo à guerra
Em visita ao Brasil, o vice-presidente americano, Joe Biden, conversou com a presidente Dilma Rousseff sobre a crise iraquiana. Ao ressaltar o desejo comum de ver o país estável e unido, Biden reforçou a disponibilidade norte-americana em ajudar o governo do premiê Nuri Al-Maliki. ;Assistência urgente é claramente necessária, mas também precisamos auxiliar o Iraque a construir sua capacidade de enfrentar ameaças a longo prazo;, declarou Biden à imprensa, na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília.
Interferência
A insurgência jihadista causou uma movimentação na guerra da Síria, onde voluntários xiitas do Iraque lutam ao lado de Bashar Al-Assad. Muitos guerrilheiros que atuam no vizinho voltaram para defender o país do levante sunita, que ameaça a unidade iraquiana. Rebeldes sírios do grupo Al-Nusra, braço da rede terrorista Al-Qaeda na região, dominaram ontem Al-Qaem, um posto de fronteira entre a Síria e o Iraque. Existem mais dois postos semelhantes na fronteira entre a Síria e o Iraque ; um deles, situado mais ao norte, foi abandonado pelos iraquianos durante a ofensiva jihadista contra a província de Nínive e está sob controle das forças curdas.
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