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Gazprom acusa Ucrânia de manutenção ruim após explosão em gasoduto

Uma explosão ocorreu na terça-feira (17/6) em um trecho de um gasoduto ucraniano que leva gás russo à Europa

Agência France-Presse
postado em 18/06/2014 11:05
Moscou - A Gazprom acusou nesta quarta-feira a Ucrânia de manter em más condições a rede de gás que serve de trânsito ao gás russo, após uma explosão na véspera de um gasoduto que alimenta países europeus.

"Realizamos investimentos suficientes para a manutenção de nosso sistema de distribuição de gás. Não se pode dizer o mesmo do sistema ucraniano. Os gasodutos envelhecem e, portanto, ocorrem acidentes", declarou em uma coletiva de imprensa o vice-presidente do grupo russo gasífero Gazprom, Vitali Markelov.

Uma explosão ocorreu na terça-feira em um trecho de um gasoduto ucraniano que leva gás russo à Europa. Não foram registradas vítimas.

O Ukrtransgaz, o operador dos gasodutos ucranianos, indicou que a explosão não afetará o tráfego de gás para a Europa. O ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, declarou que se tratava de uma sabotagem russa.

Segundo as primeiras informações dos serviços de socorro, a explosão pode ter sido originada em um vazamento ou despressurização de uma das juntas do gasoduto.



Este gasoduto de 4.500 km parte da Sibéria até chegar aos clientes europeus através da Ucrânia. A porção russa é operada pelo gigante russo Gazprom.

Nesta quarta-feira, a Gazprom também anunciou que a China lhe pagará um adiantamento de 25 bilhões de dólares para financiar em parte a construção de um gasoduto, que forma parte do megacontrato gasífero assinado com a Rússia em maio.

"Obtivemos da parte chinesa o pagamento de um adiantamento (...) de 25 bilhões de dólares", declarou em uma coletiva de imprensa o presidente da Gazprom Export, Alexandre Medvedev.

A Gazprom assinou em maio com a chinesa CNPC um enorme contrato de fornecimento de gás, de um valor estimado em 400 bilhões de dólares para um período de 30 anos.

Este contrato foi assinado após uma década de negociações e pode entrar em vigor a partir de 2018.

O custo das infraestruturas destinadas à distribuição de gás russo para a China foi avaliado pela Gazprom em 55 bilhões de dólares.

O volume de gás fornecido à China aumentará progressivamente até alcançar 38 bilhões de m3 por ano.

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