"Muitas vezes Obama disse que estava acabando com as guerras no Iraque e no Afeganistão, como se o seu desejo fosse o suficiente para fazer acontecer. Sua retórica agora contradiz a realidade", diz ele.
"A fraqueza e a retirada são estimulantes. A retirada dos Estados Unidos do mundo é desastrosa e coloca nossa segurança em risco", afirma.
[SAIBAMAIS]Cheney foi o grande defensor da invasão e ocupação do Iraque, acusando o o governo do país árabe na época de possuir armas de destruição em massa que nunca foram encontradas. Agora, ele atribui a Obama a responsabilidade pelo caos que tomou conta do país.
Obama fez campanha em 2008 pedindo o fim do conflito e em 2011 retirou as últimas tropas remanescentes no Iraque. O atual presidente americano analisa as opções disponíveis para a crescente violência sectária que ameaça desmembrar o país.
"Quando Obama e seus assessores assumiram em 2009, a Al-Qaeda estava em grande parte derrotada no Iraque, graças aos esforços heróicos das forças armadas dos Estados Unidos", escreveu Cheney. "Obama devia apenas negociar um acordo para deixar algumas forças residuais, para a formação e inteligência, para garantir a paz. Ao invés disso, ele deixou o Iraque e estamos vendo uma derrota americana arrancada das garras da vitória."
Harry Reid, líder da maioria democrata no Senado, criticou os ataques de Cheney. "Aqueles que atacam o presidente por trazer nossos soldados para casa estão totalmente equivocados e fora de contato com o povo americano. Depois de uma década de guerra, acho que o povo americano já suportou muito", disse Reid no Senado.
"Se há algo com que nós concordamos aqui, é que nós não temos que seguir os conselhos de Dick Cheney no Iraque", disse ele. "Estar no lado errado para Dick Cheney é estar no lado certo da história", concluiu.