Agência France-Presse
postado em 18/06/2014 18:16
Os Estados Unidos pediram a israelenses e a palestinos que não se abalem com a crise deflagrada pelo sequestro de três jovens israelenses na Cisjordânia, além de confirmar que um deles tem nacionalidade americana."Enquanto as investigações estiverem em andamento (...) pedimos às duas partes que deem sinais de prudência e que evitem medidas que possam desestabilizar as coisas", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki.
Psaki garantiu que a mensagem foi transmitida aos dois lados, acrescentando que houve um pedido a Israel para "cooperar em matéria de segurança" para descobrir o paradeiro dos adolescentes.
A porta-voz também elogiou a "forte declaração" do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, que acusou os autores do sequestro de quererem "destruir" os palestinos. "Sabemos que é um momento difícil", reconheceu Psaki, referindo-se às operações do Exército israelense.
No sexto dia da operação "Guardiões dos nossos irmãos", as forças de segurança prenderam 65 palestinos na noite de terça-feira (16/6), elevando para 240 o número de detenções desde o sequestro dos adolescentes, em 12 de junho. A maioria deles é de militantes e líderes do Hamas, entre eles o presidente do Parlamento palestino, Aziz Dweik.
Os três israelenses, um de 19 anos e dois de 16, foram sequestrados, de acordo com a imprensa israelense, perto de Gush Etzion, uma zona de colônias situada entre as cidades palestinas de Belém e Hebron, controlada por Israel.
O Departamento de Estado confirmou que um dos jovens também tem nacionalidade americana e que sua família já foi contatada.