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Karzai apoia mediação da ONU na crise eleitoral no Afeganistão

O candidato com maior número de votos no primeiro turno das eleições presidenciais no Afeganistão, Abdulah Abdulah, ameaçou na quinta-feira rejeitar o resultado do segundo turno por suspeitas de fraude

Agência France-Presse
postado em 20/06/2014 12:49

Cabul - O atual presidente afegão, Hamid Karzai, apoiou nesta sexta-feira uma eventuação mediação das Nações Unidas para resolver a crise eleitoral em seu país por causa de acusações de fraude.

"Não apenas aceito esta proposta, como considero um passo positivo para por fim a estes problemas", declarou Karzai mediante um comunicado, em sua primeira intervenção pública depois das acusações do candidato da oposição.

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O candidato com maior número de votos no primeiro turno das eleições presidenciais no Afeganistão, Abdulah Abdulah, ameaçou na quinta-feira rejeitar o resultado do segundo turno por suspeitas de fraude.

"A partir de agora, todas as ações da comissão eleitoral serão ilegais e seus resultados serão inaceitáveis para nós", declarou.

A publicação dos resultados está prevista para 2 de junho e, em 22 de julho, a comissão eleitoral independente deverá proclamar o nome do novo presidente.

Na véspera, Abdulah pediu a suspensão da apuração.

"Suspendemos nossa cooperação com a comissão eleitoral e pedimos a nossos observadores que deixem os recintos de apuração. Pedimos o cessar imediato da apuração de votos", declarou.

Abdulah acusa o chefe da secretaria da comissão de apuração, Zia ul Haq Amarjail, de ter cometido irregularidades no transporte de cédulas eleitorais não utilizadas no segundo turno, ocorrido no sábado passado.

Também atacou diretamente o atual presidente, Hamid Karzai, e seu adversário nas presidenciais, Ashraf Ghani.

"Todo mundo sabe que, infelizmente, o presidente do Afeganistão não é imparcial", afirmou.

A comissão eleitoral independente afegã (CEI) rejeitou as acusações de fraude de candidatos no segundo turno das presidenciais.

Favorito, Abdullah Abdullah, de 53 anos, obteve quase 50% dos votos no primeiro turno, e Ashraf Ghani, de 65 anos, recebeu 31,6% dos votos.

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