Agência France-Presse
postado em 20/06/2014 15:03
Washington - Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (20/6) a retirada de parte de seu pessoal de sua embaixada no Quênia para outros países, invocando os riscos de segurança após uma série de atentados na costa turística reivindicados por islamitas somalis shebab. "Tendo em conta as recentes mudanças na situação de segurança no Quênia, a embaixada está transferindo seus funcionários a outros países", indicou o Departamento de Estado em um comunicado, sem especificar o destino dos funcionários.No entanto, a embaixada em Nairóbi permanecerá aberta e operará normalmente. O Departamento de Estado também observou que restrições foram impostas a seus diplomatas quanto a viagens às áreas costeiras turísticas que foram alvos de ataques nos últimos dias. "Há um ano e meio, numerosos ataques com armas, granadas e explosivos têm sido registrados no Quênia", que causaram "mais de uma centena de mortos e centenas de feridos", lembra o comunicado.
Os serviços de segurança do Quênia mataram na quinta-feira cinco pessoas suspeitas de envolvimento em dois ataques mortais nos últimos dias perto da costa turística. No domingo e segunda-feira, dois ataques noturnos causaram cerca de 60 mortes na cidade de Mpeketoni e em uma aldeia vizinha do arquipélago turístico de Lamu (this).
Os shebab, ligados a Al-Qaeda, à qual os quenianos combatem na Somália, reivindicaram estes ataques, mas o presidente queniano Uhuru Kenyatta negou o envolvimento dos islamitas e acusou redes políticas locais ligadas a gangues criminosas.