Agência France-Presse
postado em 21/06/2014 12:31
Yeda - Os ministros das Relações Exteriores de Arábia Saudita e Rússia conversaram neste sábado, em Jidá, sobre os conflitos na Síria e no Iraque, sobre os quais têm posturas opostas, mas insistiram na necessidade de preservar a integridade territorial nos dois países. O príncipe Saud al-Faisal e Sergei Lavrov concordaram em "trabalhar juntos para colocar em andamento o acordo de Genebra I, que prevê uma transferência pacífica do poder na Síria", ressaltou um porta-voz saudita após a reunião.Também manifestou sua preocupação em "manter a independência e a integridade territorial na Síria", acrescentou o porta-voz, citado pela agência oficial SPA. Arábia e Rússia ainda ressaltaram a importância de "lutar contra as organizações terroristas que exploraram a crise para encontrar um refúgio em território sírio".
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O porta-voz saudita não se referiu às divergências entre os dois países sobre a Síria, onde Riad apoia os rebeldes, enquanto Moscou defende o regime do presidente Bashar al-Assad. Os dois ministros também evocaram a "deterioração da situação no Iraque e suas consequências sobre a região", indicou o porta-voz.
Lavrov e o príncipe Saud desejaram, segundo ele, que os "esforços se concentrem no momento na manutenção da integridade do Iraque e da unidade de todos os componentes do povo iraquiano, que devem se beneficiar da igualdade dos direitos e dos deveres". Mas a Arábia Saudita quis ressaltar, segundo o porta-voz, que este objetivo não pode ser alcançado sem "a formação de um governo de unidade nacional que represente todos os iraquianos sem discriminação e sem exclusão". "Toda intervenção estrangeira só exacerbará a crise e aumentará os ressentimentos sectários", considerou a Arábia Saudita, que não hesitou em acusar o primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nuri al-Maliki, de ter provocado a crise com suas políticas de exclusão de sunitas.
Maliki recebeu na sexta-feira o apoio total do presidente russo, Vladimir Putin, em seu combate contra os insurgentes sunitas que tomaram o controle de partes inteiras do território iraquiano.