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Recrutamento de jovens muçulmanos por radicais preocupa autoridades

Conflitos na Síria e no Iraque inspiram os pregadores e ajudam a atrair voluntários

postado em 22/06/2014 06:00
Combatente patrulhando acesso a refinaria de petróleo

Um vídeo divulgado nos últimos dias por jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) ilustra um dos maiores temores do Ocidente com a guerra na Síria e a rebelião extremista no Iraque. Na gravação, rapazes falando inglês com forte sotaque árabe convocam estrangeiros a pegar em armas na ;guerra santa; que o EIIL promove nos dois países vizinhos. O Ministério do Interior britânico respondeu à publicação do vídeo advertindo que não tolerará propaganda terrorista na internet ;que influa diretamente em pessoas vulneráveis à radicalização;. Em um comunicado, o ministério acrescentou que está trabalhando com as empresas da rede ;para eliminar todo material terrorista hospedado em servidores do Reino Unido e externos;.

O medo de que grupos ou células extremistas consigam se instalar no Reino Unido levou o parlamento britânico a emitir uma proibição das atividades de cinco organizações que atuam na Síria, entre elas o EIIL. Com a decisão, passa a ser ilegal integrar o grupo ou financiá-lo de qualquer forma dentro Reino Unido.



A medida é consequência da tensão em países europeus frente à possibilidade de jovens treinados e radicalizados no exterior cometerem atos terroristas na Europa. Em maio do ano passado, dois jovens muçulmanos atacaram e mataram com facões o soldado Lee Rigby, 25 anos, em plena luz do dia. Outros dois rapazes, que tinham ligações com os assassinos, foram presos por incentivar atos terroristas. Ambos já haviam sido detidos pela mesma acusação.

Na última semana, o governo espanhol deteve oito suspeitos de aliciar jovens europeus. Um estudo do King;s College estima que cerca de 3 mil ocidentais participem de confrontos armados na Síria e no Iraque. Desses, entre 400 e 500 são britânicos e 320, alemães. ;Nós temíamos que os (militantes) que retornam do conflito sírio pudessem planejar ataques aqui. Sabemos que esse receio tem fundamentos. Um perigo abstrato tornou-se um perigo mortal concreto na Europa;, disse o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizi;re, na última quarta-feira.

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