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Em visita ao Cairo, Kerry pede que Egito apoie a liberdade de imprensa

Nove acusados, entre eles três jornalistas do canal do Qatar, assim como outras 11 pessoas julgadas à revelia, correm o risco de serem condenadas entre 15 e 25 anos de prisão

Cairo - O secretário de Estado americano John Kerry, de visita ao Cairo, pediu neste domingo (22/6) ao Egito que apoie a liberdade de imprensa, à véspera do pronunciamento da justiça no julgamento de jornalistas da Al-Jazeera acusados de apoiar os islamitas.



Neste caso, que provocou uma onda de protestos internacional, nove acusados, entre eles três jornalistas do canal do Qatar, assim como outras 11 pessoas julgadas à revelia, correm o risco de serem condenadas entre 15 e 25 anos de prisão, segundo um advogado de defesa.

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Dezesseis egípcios são acusados de pertencer a uma organização terrorista, a Irmandade Muçulmana, do presidente islamita deposto, Mohamed Mursi, e quatro estrangeiros por terem difundido "informações falsas" para apoiar a confraria.

[SAIBAMAIS] Os acusados - entre os quais figura o jornalista egípcio-canadense Fadel Fahmy, seu colega australiano Peter Greste e o egípcio Baher Mohamed, que estão presos há 160 dias - denunciam em cada audiência um julgamento injusto e político, assim como provas "totalmente fabricadas". O secretário de Estado americano John Kerry também afirmou aos dirigentes iraquianos que superem as divisões sectárias, assegurando que não corresponde a seu país escolher os líderes do Iraque.

Ele enfatizou que Washington não é responsável pela atual crise no Iraque. Apesar de não ter pedido formalmente a renúncia do chefe de governo iraquiano, Nuri al-Maliki, os Estados Unidos, que lideraram em 2003 a invasão que derrubou Saddam Hussein, não oculta sua desaprovação ao primeiro-ministro xiita, acusado de ter intensificado as divisões entre as diferentes regiões.