postado em 23/06/2014 15:43
Madri - As bicicletas públicas invadiram Madri, esta segunda-feira (23/6), com a intenção de abrir espaço no denso tráfego de automóveis da capital espanhola, seguindo os passos de outras cidades europeias, como Barcelona, Paris e Londres e também cidade latino-americanas como o Rio de Janeiro.
"Está bem, um pouco pesada, mas levando em conta que é uma bicicleta elétrica, é o preço a pagar. Nos sinais de trânsito, quando se acelera, o primeiro impulso é perceptível", explica Miguel Ángel Delgado, um madrilense de 49 anos, após dar as primeiras pedaladas nas novas BiciMad.
Odiada pelos taxistas, a ideia parece seduzir usuários e autoridades locais, que comemoram ter compensado o atraso com relação a outras capitais europeias, colocando à disposição dos moradores e turistas da capital espanhola mais de 1.500 bicicletas elétricas.
"Esta mudança cultural deve ocorrer pouco a pouco. É uma realidade em muitas cidades europeias", disse nesta segunda-feira a prefeita conservadora de Madri, Ana Botella, após testar uma das bicicletas.
Em Barcelona, segunda cidade espanhola, desde 2007 funciona um sistema similar e o sucesso é indiscutível com 6.000 bicicletas, 420 postos e 92.000 assinantes. As outras três principais cidades espanholas - Valencia, Sevilha e Zaragoza - também têm bicicletas públicas.
"Nossa cidade é de todos e para todos. Temos que conviver com respeito entre motoristas, pedestres e ciclistas, temos que conviver", acrescentou a prefeita, desejando que este projeto anime a deixar o carro em casa e ajude a reduzir a contaminação.
A escolha das bicicletas elétricas, explicou, pretende ampliar o perfil dos usuários, alguns dos quais poderiam desistir a utilizá-las pelos muitos custos da cidade. Mas Madri, com poucos quilômetros com uma verdadeira ciclovia, muitas ruas estreitas e lotadas de carros, pode precisar de um tempo para aprender a conviver com este novo modo de transporte.
"Vai haver problemas e vai haver incidências, que serão resolvidas pelo nosso esforço", disse Miguel Vital, diretor da BonoPark, a sociedade que administrará o serviço.
Extremamente perigoso
Esperando passageiros em frente à prefeitura de Madri, um taxista de 45 anos, Juan Carlos Gordillo, mostra suas dúvidas sobre o projeto. "Os motoristas terão muitos problemas. Nenhum está acostumado aos ciclistas. Será mais perigoso", reclamou. "Será para nos acostumarmos todos, nos impuseram e teremos que nos adaptar", acrescentou.
Segundo Pascual Berrone, professor da escola de comércio IESE Business School, autor de um estudo sobre desenvolvimento urbano, os espanhóis gostam da ideia de circular de bicicleta, mas têm reticências em Madri por razões de segurança. "Há áreas em que é relativamente fácil circular de bicicleta, mas há áreas em que é extremamente perigoso. Muitas vezes dá medo andar de bicicleta em Madri", explicou à AFP antes do lançamento da BiciMad.
A capital espanhola, que costuma sofrer com picos de contaminação relacionados com a circulação automobilística, tem atualmente 320 quilômetros de ciclovia ou vias adaptadas, segundo a prefeitura, que pode adicionar outros 70 km. Segundo Ana Botella, a circulação de bicicleta em Madri aumentou 17% entre 2012 e 2013. Para fazer frente a esta demanda, a cidade instalou 123 postos no centro da capital para as 1.560 bicicletas elétricas disponíveis.
O preço para usá-las vai variar entre um e quatro euros, em função de se tratar de um assinante ou um usuário ocasional. Protegendo-se do sol na sombra das árvores de uma avenida próxima ao grande parque do Retiro, bem ao lado de um dos postos, Miguel Ángel Delgado está disposto a recuperar sua bicicleta, cujo futuro não lhe parece claro nesta cidade. "Madri é uma cidade um pouco peculiar, com pouca implantação de bicicletas. Ninguém sabe se será um sucesso ou um fracasso", admite.
"Está bem, um pouco pesada, mas levando em conta que é uma bicicleta elétrica, é o preço a pagar. Nos sinais de trânsito, quando se acelera, o primeiro impulso é perceptível", explica Miguel Ángel Delgado, um madrilense de 49 anos, após dar as primeiras pedaladas nas novas BiciMad.
Odiada pelos taxistas, a ideia parece seduzir usuários e autoridades locais, que comemoram ter compensado o atraso com relação a outras capitais europeias, colocando à disposição dos moradores e turistas da capital espanhola mais de 1.500 bicicletas elétricas.
"Esta mudança cultural deve ocorrer pouco a pouco. É uma realidade em muitas cidades europeias", disse nesta segunda-feira a prefeita conservadora de Madri, Ana Botella, após testar uma das bicicletas.
Em Barcelona, segunda cidade espanhola, desde 2007 funciona um sistema similar e o sucesso é indiscutível com 6.000 bicicletas, 420 postos e 92.000 assinantes. As outras três principais cidades espanholas - Valencia, Sevilha e Zaragoza - também têm bicicletas públicas.
"Nossa cidade é de todos e para todos. Temos que conviver com respeito entre motoristas, pedestres e ciclistas, temos que conviver", acrescentou a prefeita, desejando que este projeto anime a deixar o carro em casa e ajude a reduzir a contaminação.
A escolha das bicicletas elétricas, explicou, pretende ampliar o perfil dos usuários, alguns dos quais poderiam desistir a utilizá-las pelos muitos custos da cidade. Mas Madri, com poucos quilômetros com uma verdadeira ciclovia, muitas ruas estreitas e lotadas de carros, pode precisar de um tempo para aprender a conviver com este novo modo de transporte.
"Vai haver problemas e vai haver incidências, que serão resolvidas pelo nosso esforço", disse Miguel Vital, diretor da BonoPark, a sociedade que administrará o serviço.
Extremamente perigoso
Esperando passageiros em frente à prefeitura de Madri, um taxista de 45 anos, Juan Carlos Gordillo, mostra suas dúvidas sobre o projeto. "Os motoristas terão muitos problemas. Nenhum está acostumado aos ciclistas. Será mais perigoso", reclamou. "Será para nos acostumarmos todos, nos impuseram e teremos que nos adaptar", acrescentou.
Segundo Pascual Berrone, professor da escola de comércio IESE Business School, autor de um estudo sobre desenvolvimento urbano, os espanhóis gostam da ideia de circular de bicicleta, mas têm reticências em Madri por razões de segurança. "Há áreas em que é relativamente fácil circular de bicicleta, mas há áreas em que é extremamente perigoso. Muitas vezes dá medo andar de bicicleta em Madri", explicou à AFP antes do lançamento da BiciMad.
A capital espanhola, que costuma sofrer com picos de contaminação relacionados com a circulação automobilística, tem atualmente 320 quilômetros de ciclovia ou vias adaptadas, segundo a prefeitura, que pode adicionar outros 70 km. Segundo Ana Botella, a circulação de bicicleta em Madri aumentou 17% entre 2012 e 2013. Para fazer frente a esta demanda, a cidade instalou 123 postos no centro da capital para as 1.560 bicicletas elétricas disponíveis.
O preço para usá-las vai variar entre um e quatro euros, em função de se tratar de um assinante ou um usuário ocasional. Protegendo-se do sol na sombra das árvores de uma avenida próxima ao grande parque do Retiro, bem ao lado de um dos postos, Miguel Ángel Delgado está disposto a recuperar sua bicicleta, cujo futuro não lhe parece claro nesta cidade. "Madri é uma cidade um pouco peculiar, com pouca implantação de bicicletas. Ninguém sabe se será um sucesso ou um fracasso", admite.