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EUA comemoram libertação de mulher condenada por conversão religiosa

Jovem de 27 anos foi condenada à morte em maio, de acordo com a lei islâmica (a sharia), em vigor no Sudão desde 1983 e que tipifica a conversão religiosa com pena de morte

Agência France-Presse
postado em 23/06/2014 18:33
Washington - Os Estados Unidos celebraram nesta segunda-feira (23/6) a libertação de uma mulher no Sudão que havia sido condenada à morte por se converter ao cristianismo.

"Aplaudimos a decisão do tribunal de apelação sudanês de pôr em liberdade Meriam Yahia Ibrahim Ishag", declarou a porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf. Harf também pediu ao governo sudanês que revogue sua leis que proíbem a conversão religiosa, consideradas "incongruentes com sua Constituição de 2005, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos".



"Essas ações ajudariam a demonstrar aos sudaneses que seu governo tem a intenção de respeitar as liberdades fundamentais e o direitos humanos universais", acrescentou. Filha de um pai muçulmano e de uma mãe cristã ortodoxa, Ishag é casada com um cristão, Daniel Wani.

A jovem de 27 anos foi condenada à morte em maio, de acordo com a lei islâmica (a sharia), em vigor no Sudão desde 1983 e que tipifica a conversão religiosa com pena de morte. Ishag, que teve um filho na prisão, também foi condenada a 100 chicotadas por "adultério". Segundo a interpretação sudanesa da sharia, as uniões entre uma muçulmana com alguém de outra religião são consideradas como tal.

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