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Grupo de oposição quer lutar contra a junta militar da Tailândia

A "Organização de tailandeses livres pelos Direitos Humanos e a democracia" quer reunir os opositores no exílio e os que permanecem no país

Agência France-Presse
postado em 24/06/2014 10:40
O ex-ministro tailandês do Interior Jarupong Ruangsuwan anunciou nesta terça-feira (24/6) a fundação de um grupo de oposição para lutar contra a junta militar que tomou o poder na Tailândia no dia 22 de maio. "A junta violou a lei, abusou dos princípios democráticos e destruiu seus direitos, liberdades e dignidade humana", denunciou Jarupong Ruangsuwan ao anunciar a criação da "Organização de tailandeses livres pelos Direitos Humanos e a democracia".

A nova organização quer reunir os opositores no exílio e os que permanecem no país, indicou Ruangsuwan, que dirigia o partido Puea Thai, no poder no momento do golpe de Estado. A junta militar suspendeu a Constituição e excluiu convocar eleições em menos de um ano, limitou as liberdades individuais, impôs um controle sobre a imprensa e proibiu as manifestações.

[SAIBAMAIS]Na segunda-feira (23/6), a junta anunciou uma recompensa de 500 baths (8 dólares) a qualquer pessoa que denuncie um opositor fornecendo fotografias e vídeos.

O governo tailandês rejeitou a formação desta nova organização, que operará de um país estrangeiro que não foi informado. "Só há um governo legítimo e é esta administração" sob o controle da junta, insistiu diante da imprensa o secretário do ministério das Relações Exteriores, Sihasak Phuangketkeow.



A nova organização pretende evitar que a junta, que conta com o apoio das elites do país, mude o sistema político a seu favor, explicou Jarupong Ruangsuwan. O ex-ministro do Interior do governo deposto está foragido desde que se negou a se apresentar ante a junta.

Desde o golpe de Estado, os militares convocaram centenas de políticos, jornalistas e partidários do antigo governo do ex-primeiro-ministro no exílio, Thaksin Shinawatra, destituído pelo golpe anterior de 2006.

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