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Premiê de Israel elogia Abbas, mas insiste no fim do acordo com Hamas

Declaração positiva contrasta com as críticas há meses dirigidas pelo presidente palestino

Agência France-Presse
postado em 24/06/2014 18:12
Benjamin Netanyahu:
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou nesta terça-feira (24/6) a declaração do presidente palestino, Mahmud Abbas, condenando o sequestro de três jovens israelenses, mas voltou a pedir o fim do acordo com o Hamas.

"Aprecio o que o presidente Abbas disse alguns dias atrás na Arábia Saudita, para denunciar o sequestro", afirmou Netanyahu, que comemorou a "importante declaração" durante um encontro com premier romeno, Victor Ponta.

Essa declaração positiva contrasta com as críticas há meses dirigidas pelo premiê a Abbas, que também foi muito atacado pela opinião pública palestina por sua posição sobre o sequestro.



Em 18 de junho, o presidente da Autoridade Palestina afirmou que os sequestradores querem "destruir os palestinos". Também ofereceu a cooperação de suas forças de segurança para encontrar os três jovens. A autoria do sequestro não foi reivindicada por fontes confiáveis.

Netanyahu também pediu novamente a Abbas o rompimento do acordo de reconciliação com o Hamas, que levou à criação de um governo de consenso entre os palestinos no início de junho. Tel Aviv considera o grupo uma organização terrorista.

O ministro israelense da Defesa, Moshe Yaalon, disse a uma rádio pública que a "operação realizada contra o Hamas estava fundamentalmente concluída", acrescentando que o número de palestinos detidos caiu nos últimos dias.

Desde o sequestro dos três jovens, em 12 de junho, o Exército prendeu 354 palestinos, entre eles 269 membros do Hamas.

As tropas se retiraram, nesta terça, de parte controlada pelos palestinos de Hebron, no sul da Cisjordânia. Os militares mantêm, porém, seu bloqueio à cidade e operaram em Halhul, localidade próxima, informaram à AFP testemunhas e fontes de segurança palestinas.

O número de mortos chega a quatro, entre eles um menor de idade e uma pessoa com deficiência. Além disso, uma das vítimas morreu por infarto, e outra está internada com estado de morte clínica.

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