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Otan não vê mudanças na atitude da Rússia na crise com a Ucrânia

O ministério russo das Relações Exteriores indicou nesta quarta-feira que espera "sinais positivos" na direção da Ucrânia

Agência France-Presse
postado em 25/06/2014 11:03
Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, declarou nesta quarta-feira (25/6) que a Aliança não vê mudanças na atitude da Rússia na crise com a Ucrânia e continua a defender a suspensão da cooperação bilateral. "Hoje não vemos mudanças na atitude da Rússia, então não temos escolha a não ser manter a suspensão da cooperação civil e militar", adotada pela Otan em abril, declarou Rasmussen em entrevista coletiva à margem de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do órgão .

Putin pediu ao Senado a suspensão da autorização para intervir militarmente na Ucrânia, que havia solicitado em março para
"Durante vinte anos tentamos construir uma parceria com a Rússia. Mas a Rússia quebrou as regras e fez diminuir a confiança", disse o secretário-geral. O ministério russo das Relações Exteriores indicou nesta quarta-feira que espera "sinais positivos" na direção da Ucrânia. O presidente russo Vladimir Putin pediu na terça-feira (24/6) ao Senado a suspensão da autorização para intervir militarmente na Ucrânia, que havia solicitado em março para "normalizar a situação". Também pediu para estender o cessar-fogo temporário em vigor até sexta-feira (27/6).



[SAIBAMAIS]A Otan, segundo Rasmussen, considera o plano de paz do presidente ucraniano Petro Poroshenko como "um grande passo" para resolver a crise e pediu à Rússia para cumprir quatro objetivos: adotar medidas reais e efetivas para parar a desestabilização da Ucrânia; criar as condições para aplicar o plano de paz; cessar o seu apoio aos separatistas armados; e, finalmente, deter o fluxo de armas e combatentes através da fronteira.

Rasmussen também ressaltou que a Rússia apresenta a Otan como uma ameaça, "quando na verdade as ações ilegais da Rússia na Ucrânia que representam uma ameaça para a ordem internacional". Os ministros das Relações Exteriores dos países membros da Otan também adotou uma série de medidas para ajudar a Ucrânia a reforçar as suas capacidades de defesa (na área de logística, comando e defesa cibernética).

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