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Pregador islamita Qatada é absolvido de acusação de terrorismo na Jordânia

"O tribunal não encontrou provas para sustentar as acusações contra Abu Qatada de conspiração no fim de 1998", declarou o juiz Ahmad Qatarneh

Agência France-Presse
postado em 26/06/2014 10:15
Abu Qatada, nascido em 1960 em Belém, foi condenado à morte em 1999 por terrorismo

Amã -
Um tribunal jordaniano absolveu nesta quinta-feira o pregador islamita Abu Qatada da acusação de complô terrorista contra a escola americana de Amã por falta de provas. No entanto, Abu Qatada continuará detido por outras acusações de terrorismo.

[SAIBAMAIS]"O tribunal não encontrou provas para sustentar as acusações contra Omar Mahmud Othman (Abu Qatada) de conspiração no fim de 1998 para realizar um ataque terrorista contra a escola americana de Amã", declarou o juiz Ahmad Qatarneh.

O pregador, que foi extraditado em junho à Jordânia a partir do Reino Unido, se abraçou com seus familiares após a divulgação da decisão do tribunal.

Abu Qatada, nascido em 1960 em Belém, foi condenado à morte em 1999 à revelia por estes crimes, embora a pena tenha sido comutada imediatamente à prisão perpétua com trabalhos forçados.



Em 2000, a justiça também o condenou à revelia a 15 anos de trabalhos forçados por atacar alvos turísticos na Jordânia.

Após sua extradição do Reino Unido, o pregador enfrenta um novo processo, no qual rejeitou sua responsabilidade nos fatos que lhe foram imputados. A próxima audiência será realizada no dia 7 de setembro.

O governo britânico reagiu rapidamente a esta primeira sentença do processo contra Qatada, ao afirmar que Londres irá se opor ao retorno ao Reino Unido do pregador islamita.

"Os tribunais britânicos consideraram que Qatada representava uma ameaça para a segurança nacional do Reino Unido (...) O homem conta com uma ordem de deportação, razão pela qual não poderá voltar" ao país, declarou o secretário de Estado britânico de Imigração e Segurança, James Brokenshire.

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