O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse ter "pedido" ao presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, que "proteja a liberdade de expressão", durante um encontro nesta quinta-feira em Malambo.
"Pedi a todos os países, incluindo o Egito, que respeitem a liberdade de movimento, a liberdade de expressão e a liberdade de cobrir a atualidade por parte dos jornalistas", declarou Ban Ki-moon, em uma entrevista coletiva durante a cúpula da União Africana na Guiné Equatorial.
"Também me encontrei com o presidente Sissi hoje, em Malabo, e nós conversamos sobre essas questões. Eu pedi a ele para proteger, inequivocamente, a liberdade de expressão", afirmou.
O jornalista australiano Peter Greste e o egípcio-canadense Mohamed Fadel Fahmy foram condenados a sete anos de prisão na última segunda-feira, 23 de junho. O egípcio Baher Mohamed recebeu uma pena de dez anos. Eles são acusados pela Justiça de apoiar a Irmandade Muçulmana.
As condenações mobilizaram a comunidade internacional, e Washington e Sydney pediram a Cairo que conceda o indulto aos réus. O caso é considerado um teste para as autoridades egípcias, depois do golpe dado pelo Exército no então presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho de 2013, assim como para o sistema judiciário, que acaba de condenar 183 islâmicos à morte.