Agência France-Presse
postado em 27/06/2014 16:56
Cartum - A sudanesa cristã Meriem Yahia Ibrahim Ishag, de 26 anos - condenada à morte por ter mudado de religião-, buscou abrigo com sua família nesta sexta-feira na embaixada americana em Cartum.
Meriem teve seu julgamento anulado, na última segunda-feira (23/6), depois de ter sido condenada à morte por conversão religiosa. No dia seguinte, quando tentava deixar o Sudão com o marido e os dois filhos, ela chegou a ser detida pela polícia sob a acusação de utilizar documentos falsos e, por fim, liberada na quinta-feira à noite.
"Realmente, está tudo bem", declarou à AFP por telefone seu marido, Daniel Wani, que tem nacionalidade americana e sul-sudanesa, acrescentando que os funcionários da embaixada "foram extremamente gentis".
Ele indicou que a esposa e os dois filhos estão bem, e confirmou que a família havia pedido a proteção da embaixada em razão das ameaças de morte recebidas por Meriem. O caso dessa jovem de 26 anos revelou o problema da liberdade de culto no Sudão, e sua condenação à morte em 15 de maio provocou indignação dos governos ocidentais e de grupos de defesa dos direitos Humanos.
Filha de um muçulmano, Meriem foi condenada pela lei islâmica que proíbe as conversões, depois de ter se casado com um cristão. Ela também foi condenada a 100 chicotadas por adultério, já que, segundo a interpretação sudanesa da sharia, as uniões entre uma muçulmana e um não-muçulmano são consideradas traição conjugal.
De acordo com o arcebispo católico de Cartum, ela se converteu ao catolicismo pouco antes de se casar com Wani no final de 2011, e que foram homens de sua própria família paterna que a acusaram de apostasia.
Em Washington, a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, indicou na quinta-feira que Meriem e sua família estavam "em um local seguro" e que o governo sudanês "garantiu que sua família continuará em segurança"
Os Estados Unidos estão empenhados em trazer a jovem e sua família para solo americano, mas, segundo o advogado responsável pelo caso, "há um processo criminal contra (Meriem), e ela não poderá deixar o Sudão".
Consultado pela AFP, o porta-voz dos serviços africanos do Departamento de Estado americano, Will Stevens, afirmou que seu país está em contato com o Ministério sudanês das Relações Exteriores para "garantir que Meriem e sua família possam viajar livremente e o quanto antes".
"Meriem tem todos os documentos necessários para ir aos Estados Unidos, bastando a autorização do governo sudanês", acrescentou.
Meriem teve seu julgamento anulado, na última segunda-feira (23/6), depois de ter sido condenada à morte por conversão religiosa. No dia seguinte, quando tentava deixar o Sudão com o marido e os dois filhos, ela chegou a ser detida pela polícia sob a acusação de utilizar documentos falsos e, por fim, liberada na quinta-feira à noite.
"Realmente, está tudo bem", declarou à AFP por telefone seu marido, Daniel Wani, que tem nacionalidade americana e sul-sudanesa, acrescentando que os funcionários da embaixada "foram extremamente gentis".
Ele indicou que a esposa e os dois filhos estão bem, e confirmou que a família havia pedido a proteção da embaixada em razão das ameaças de morte recebidas por Meriem. O caso dessa jovem de 26 anos revelou o problema da liberdade de culto no Sudão, e sua condenação à morte em 15 de maio provocou indignação dos governos ocidentais e de grupos de defesa dos direitos Humanos.
Filha de um muçulmano, Meriem foi condenada pela lei islâmica que proíbe as conversões, depois de ter se casado com um cristão. Ela também foi condenada a 100 chicotadas por adultério, já que, segundo a interpretação sudanesa da sharia, as uniões entre uma muçulmana e um não-muçulmano são consideradas traição conjugal.
De acordo com o arcebispo católico de Cartum, ela se converteu ao catolicismo pouco antes de se casar com Wani no final de 2011, e que foram homens de sua própria família paterna que a acusaram de apostasia.
Em Washington, a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, indicou na quinta-feira que Meriem e sua família estavam "em um local seguro" e que o governo sudanês "garantiu que sua família continuará em segurança"
Os Estados Unidos estão empenhados em trazer a jovem e sua família para solo americano, mas, segundo o advogado responsável pelo caso, "há um processo criminal contra (Meriem), e ela não poderá deixar o Sudão".
Consultado pela AFP, o porta-voz dos serviços africanos do Departamento de Estado americano, Will Stevens, afirmou que seu país está em contato com o Ministério sudanês das Relações Exteriores para "garantir que Meriem e sua família possam viajar livremente e o quanto antes".
"Meriem tem todos os documentos necessários para ir aos Estados Unidos, bastando a autorização do governo sudanês", acrescentou.