Bagdá - O Exército iraquiano iniciou neste sábado (28) o ataque para retomar a cidade de Tikrit, controlada pelos insurgentes sunitas, enquanto aviões não tripulados (drones) sobrevoavam Bagdá, apesar das garantias do primeiro-ministro Nuri al-Maliki sobre a segurança da capital.
De acordo com um oficial militar, o Iraque coordena com os Estados Unidos os esforços para combater o rápido avanço dos rebeldes liderados pelos "jihadistas" do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL). Diante da ameaça, o grande aiatolá Ali Al-Sistani, a principal autoridade religiosa xiita no Iraque, pediu aos líderes que se unam para formar um novo governo a fim de superar a crise.
Muitos líderes estrangeiros também enfatizaram a necessidade de fazer uma ação militar contra os insurgentes de uma solução política para a crise que opôs as comunidades sunitas, xiitas e curdas.
A 160 km ao norte de Bagdá, milhares de soldados, apoiados por aviões, lançaram a ofensiva neste sábado sobre Tikrit, a cidade do ex-ditador Saddam Hussein, tomada em 11 de junho pelos insurgentes.
"Uma grande operação militar começou hoje (28) para expulsar o EIIL de Tikrit", declarou o general Sabah Fatlawi, destacando que os "combatentes do EIIL têm uma única alternativa: fugir, ou serem mortos". As tropas terrestres estão a poucos quilômetros da entrada da cidade, empenhadas em lutar com os "jihadistas" do EIIL, relataram testemunhas.
O general Qassem Atta, conselheiro de Al-Maliki para a segurança, também confirmou que a Força Aérea lançou neste sábado ataques contra os insurgentes em Tikrit e que o Exército já controla a estrada que liga Bagdá a Samarra, ao sul de Tikrit.
Neste sábado, as forças de segurança iraquianas perderam 20 homens no sudoeste de Bagdá em confrontos com os "jihadistas". Fontes do governo consultadas pela AFP informaram ainda que houve 53 baixas nas fileiras rebeldes.