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Presidente da China nega busca por hegemonia ou militarismo no continente

Declarações foram dadas nas comemorações pelo 60º aniversário do acordo de paz entre China, Mianmar e Índia

Pequim - O presidente Xi Jinping disse neste sábado (28) que a China não busca a "hegemonia ou o militarismo", após defender o fortalecimento das fronteiras para que não se repitam as humilhações do passado que fizeram o país sofrer sob domínio estrangeiro.

"A hegemonia ou o militarismo não estão nos genes dos chineses", disse o presidente da China em um discurso para lembrar as seis décadas do estabelecimento da coexistência pacífica com Índia e Mianmar, em Pequim. "A China não interfere nos assuntos internos de outros países nem impõe sua vontade aos outros", acrescentou. "Nunca buscará a hegemonia, independentemente da força que o país possa chegar a ter", disse Xi Jinping a funcionários públicos chineses, oficiais militares e diplomatas estrangeiros em Pequim.

O presidente de Mianmar, Thein Seiny, e o vice da Índia, Mohammad Hamid Ansari, que também discursaram, estavam no local no momento do discurso de Xi, ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e de outras autoridades. Os discursos fazem parte das cerimônias para lembrar o 60; aniversário do acordo de paz entre China, Mianmar e Índia.

Os cinco princípios de coexistência pacífica de 1954 incluem o respeito mútuo à soberania e à integridade territorial, assim como a não agressão e a não interferência nos assuntos internos dos outros países.

O discurso de Xi Jinping contrasta com as declarações nacionalistas do líder transmitidas pela imprensa estatal neste sábado. O presidente chinês ressaltou a importância de lembrar os momentos em que a China foi vítima de agressões estrangeiras e que, por isso, o país deve fortalecer a defesa das fronteiras terrestres e marítimas.