Agência France-Presse
postado em 01/07/2014 15:00
O movimento islamita Hamas, acusado por Israel de ter matado três jovens israelenses, está mais isolado e enfraquecido do que antes de se reconciliar com o presidente palestino, Mahmud Abbas, e abandonar oficialmente o poder em Gaza, segundo especialistas.
"O Hamas é o responsável e o Hamas pagará", afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, depois de encontrar na noite de segunda-feira os corpos dos três jovens sequestrados no dia 12 de junho.
O movimento radical palestino negou estar envolvido no sequestro, mas manifestou apoio a qualquer ato de resistência contra a ocupação israelense e prometeu a Israel que, "se o país iniciar uma guerra ou uma escalada, abrirá as portas do inferno".
Para Ghazi Hamad, um dos líderes do Hamas, "são analisadas todas as possibilidades e o Hamas leva a sério as ameaças de Israel, mas não está buscando o confronto". "A descoberta dos corpos comoveu Israel e revelou uma falha. Por isso, Israel quer se vingar e fazer o Hamas pagar o preço, seja qual for sua responsabilidade", declarou à AFP.
Desde o sequestro, o Exército israelense matou cinco palestinos durante sua operação de busca dos jovens na Cisjordânia e prendeu outros 420, 305 dos quais integrantes do Hamas. Mais de 2.200 casas foram vasculhadas.
No entanto, ao ter desmentido ser responsável pelo sequestro dos jovens, o Hamas poderá atenuar o impacto da ação israelense, estimou Walid al-Muadallal, professor de Ciência Política da Universidade Islâmica de Gaza."Mas o Hamas não ficará imóvel se o atacarem. Lutará se sua sobrevivência estiver em jogo", acrescentou.
Acordo com Abbas após um ano difícil
Após um ano difícil, em consequência da deposição do presidente islâmico egípcio, Mohamed Mursi, em julho de 2013, o "Hamas depositava suas esperanças no governo palestino de reconciliação e em sua crescente proximidade com o Ocidente e com o mundo árabe, principalmente o Egito", considerou Alex Fishman, correspondente militar do jornal israelense Yediot Aharonot.
O Hamas renunciou oficialmente ao poder na Faixa de Gaza após um acordo com a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), do presidente Mahmud Abbas, e a formação de um governo de união para Gaza e Cisjordânia composto por personalidades independentes no dia 2 de junho.
Fishman ressaltou algumas das consequências desse acordo para o movimento islamita, que já estava debilitado pelo bloqueio israelense de Gaza e o fechamento da fronteira com o Egito, como a demissão de 40.000 funcionários do Hamas, que ficaram sem emprego e salário.
Os comentaristas consideram que o Hamas aceitou as condições de Abbas para alcançar um acordo, que previa o abandono do poder em Gaza, com o objetivo de garantir sua sobrevivência no longo prazo. No entanto, um líder do Hamas, Musa Abu Marzuk, acusou Abbas de ter abandonado a Faixa de Gaza.
"Hoje em dia, temo que seja necessário que o Hamas volte a proteger a segurança de seu povo", escreveu no Facebook. "Gaza não vai viver no vazio. Neste momento não está sob a responsabilidade do governo anterior, nem sob a responsabilidade do governo de união nacional", acrescentou. Abbas "não quer se reconciliar. Embora tenhamos lhe dado Gaza, ele não a tomará", garantiu.
"O Hamas é o responsável e o Hamas pagará", afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, depois de encontrar na noite de segunda-feira os corpos dos três jovens sequestrados no dia 12 de junho.
O movimento radical palestino negou estar envolvido no sequestro, mas manifestou apoio a qualquer ato de resistência contra a ocupação israelense e prometeu a Israel que, "se o país iniciar uma guerra ou uma escalada, abrirá as portas do inferno".
Para Ghazi Hamad, um dos líderes do Hamas, "são analisadas todas as possibilidades e o Hamas leva a sério as ameaças de Israel, mas não está buscando o confronto". "A descoberta dos corpos comoveu Israel e revelou uma falha. Por isso, Israel quer se vingar e fazer o Hamas pagar o preço, seja qual for sua responsabilidade", declarou à AFP.
Desde o sequestro, o Exército israelense matou cinco palestinos durante sua operação de busca dos jovens na Cisjordânia e prendeu outros 420, 305 dos quais integrantes do Hamas. Mais de 2.200 casas foram vasculhadas.
No entanto, ao ter desmentido ser responsável pelo sequestro dos jovens, o Hamas poderá atenuar o impacto da ação israelense, estimou Walid al-Muadallal, professor de Ciência Política da Universidade Islâmica de Gaza."Mas o Hamas não ficará imóvel se o atacarem. Lutará se sua sobrevivência estiver em jogo", acrescentou.
Acordo com Abbas após um ano difícil
Após um ano difícil, em consequência da deposição do presidente islâmico egípcio, Mohamed Mursi, em julho de 2013, o "Hamas depositava suas esperanças no governo palestino de reconciliação e em sua crescente proximidade com o Ocidente e com o mundo árabe, principalmente o Egito", considerou Alex Fishman, correspondente militar do jornal israelense Yediot Aharonot.
O Hamas renunciou oficialmente ao poder na Faixa de Gaza após um acordo com a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), do presidente Mahmud Abbas, e a formação de um governo de união para Gaza e Cisjordânia composto por personalidades independentes no dia 2 de junho.
Fishman ressaltou algumas das consequências desse acordo para o movimento islamita, que já estava debilitado pelo bloqueio israelense de Gaza e o fechamento da fronteira com o Egito, como a demissão de 40.000 funcionários do Hamas, que ficaram sem emprego e salário.
Os comentaristas consideram que o Hamas aceitou as condições de Abbas para alcançar um acordo, que previa o abandono do poder em Gaza, com o objetivo de garantir sua sobrevivência no longo prazo. No entanto, um líder do Hamas, Musa Abu Marzuk, acusou Abbas de ter abandonado a Faixa de Gaza.
"Hoje em dia, temo que seja necessário que o Hamas volte a proteger a segurança de seu povo", escreveu no Facebook. "Gaza não vai viver no vazio. Neste momento não está sob a responsabilidade do governo anterior, nem sob a responsabilidade do governo de união nacional", acrescentou. Abbas "não quer se reconciliar. Embora tenhamos lhe dado Gaza, ele não a tomará", garantiu.