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Índia convoca diplomata dos Estados Unidos por espionagem da NSA

A Índia protestou em duas ocasiões ante os Estados Unidos, em julho e novembro de 2013, após a revelação de escutas em sua missão na ONU em Nova York e em sua embaixada em Washington

Agência France-Presse
postado em 02/07/2014 09:32
Nova Délhi - A Índia convocou um diplomata de alto escalão da embaixada americana para protestar contra as escutas da Agência Nacional de Segurança americana (NSA) ao partido nacionalista hindu (no poder), anunciou nesta quarta-feira um funcionário indiano.

"Dissemos que esperamos uma resposta e a garantia de que não voltará a ocorrer", declarou à AFP esta fonte do ministério das Relações Exteriores que pediu o anonimato.

A NSA obteve em 2010 autorização jurídica para espionar as comunicações em 193 Estados e, em particular, vigiar na Índia o Bharatiya Janata Party (BJP) do primeiro-ministro Narendra Modi (no poder desde o fim de maio), segundo um novo documento entregue pelo ex-consultor da NSA Edward Snowden e publicado pelo The Washington Post.

A Índia protestou em duas ocasiões ante os Estados Unidos, em julho e novembro de 2013, após a revelação de escutas em sua missão na ONU em Nova York e em sua embaixada em Washington.



Em ambas as vezes Washington respondeu que estudava o que poderia compartilhar sobre seu programa de espionagem, mas não forneceu mais informações. "Dissemos que queríamos uma resposta, o que nunca conseguimos", disse a fonte do ministério.

Este novo incidente ocorre quando o secretário de Estado americano, John Kerry, planeja viajar à Índia nos próximos meses para se reunir com membros do governo de Narendra Modi.

O primeiro-ministro indiano, por sua vez, deve viajar aos Estados Unidos em setembro para a Assembleia Geral da ONU e se reunirá pela primeira vez com o presidente americano, Barack Obama. A embaixada americana em Nova Délhi está dirigida pela encarregada de negócios Kathleen Stephens, à espera da chegada de um novo embaixador.

"Como é costume, os Estados Unidos não fazem comentários sobre as comunicações diplomáticas bilaterais com o governo anfitrião", indicou à AFP um porta-voz da embaixada americana.

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