Agência France-Presse
postado em 03/07/2014 17:15
Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta quinta-feira(3/7) sua taxa básica em 0,15%, um mês depois de anunciar um ambicioso pacote de medidas com o objetivo de afastar a deflação da zona do euro. O presidente da instituição, Mario Draghi, reiterou que o BCE continua alerta e voltará à ação com medidas não convencionais, caso seja necessário.
Ao fim da reunião mensal de política monetária na sede do instituto em Frankfurt, o BCE manteve sua taxa básica de juros em 0,15%, o nível mais baixo de sua história. Ninguém esperava um novo corte após a decisão de junho de reduzir a taxa básica de 0,25% para 0,15%. Draghi prometeu que as taxas de juros "serão mantidas no níveis atuais durante um período de tempo prolongado", e acrescentou que o conselho de governadores "é unânime em seu compromisso de recorrer a instrumentos não convencionais dentro de seu mandato, caso seja necessário".
Na reunião de junho também foi decidido que a taxa de depósito seria levada ao terreno negativo (-0,1%). Essa taxa é aplicada à liquidez que os bancos deixam por 24 horas nos cofres do BCE. Na ocasião, o BCE prolongou a concessão de créditos ilimitados de curto prazo até a metade de 2016, e anunciou novos empréstimos de longo prazo. Draghi aproveitou a coletiva de imprensa para dar detalhes sobre este último plano, chamado TLTRO. Com ele, os bancos da zona do euro poderão pedir, no longo prazo, empréstimos de até um bilhão de euros ao BCE.
Em um primeiro momento, as entidades poderão solicitar empréstimos de 400 bilhões de euros a quatro anos em duas operações que acontecerão nos dias 18 de setembro e 11 de dezembro, definiu Draghi. Depois disso, haverá outras seis operações, entre março de 2015 e junho de 2016, nas quais os bancos poderão obter, a longo prazo, os 600 bilhões de euros restantes. Os créditos serão muito atraentes, já que o custo dependerá da taxa básica de juros do BCE, que atualmente encontra-se em seu mínimo histórico.
O objetivo é estimular os bancos a concederem mais empréstimos a empresas e famílias, para reativar de forma sustentável a economia da zona do euro, que continua apresentando um crescimento bastante tímido. Os bancos que não puderem provar que estão utilizando o dinheiro para fazer empréstimos à " economia real" terão que pagar os empréstimos antes, apesar de penalizações não estarem previstas.
O outro grande objetivo do BCE é, por meio do crescimento, afastar o risco de deflação, ou seja, a queda generalizada e contínua dos preços que desestimula o consumo e o investimento. Há alguns meses o baixo nível de inflação (0,5% em junho, muito longe da meta de 2%) tem despertado temores de uma deflação na zona do euro.
- Mudanças no calendário -
Draghi anunciou que o BCE havia decidido espaçar suas reuniões de política monetária, que a partir de janeiro de 2015 acontecerão a cada seis semanas, e não mensalmente, como ocorre atualmente. Outra novidade é que a partir de agora serão publicadas as atas de cada reunião, como acontece com o Federal Reserve e com o Banco da Inglaterra.
"O BCE não pode e não deveria atuar todos os meses", afirmou Draghi, que acredita que "na situação atual" os encontros mensais são "muito próximos". "A situação atual é muito mais complexa do que há alguns anos, e entre os mercados, os países e a opinião pública há a expectativa de que saibamos enfrentar esta complexidade maior", acrescentou. O novo calendário das reuniões de política monetária será definido dia 16 de julho pelo conselho de governadores e publicado no site do BCE.
Ao fim da reunião mensal de política monetária na sede do instituto em Frankfurt, o BCE manteve sua taxa básica de juros em 0,15%, o nível mais baixo de sua história. Ninguém esperava um novo corte após a decisão de junho de reduzir a taxa básica de 0,25% para 0,15%. Draghi prometeu que as taxas de juros "serão mantidas no níveis atuais durante um período de tempo prolongado", e acrescentou que o conselho de governadores "é unânime em seu compromisso de recorrer a instrumentos não convencionais dentro de seu mandato, caso seja necessário".
Na reunião de junho também foi decidido que a taxa de depósito seria levada ao terreno negativo (-0,1%). Essa taxa é aplicada à liquidez que os bancos deixam por 24 horas nos cofres do BCE. Na ocasião, o BCE prolongou a concessão de créditos ilimitados de curto prazo até a metade de 2016, e anunciou novos empréstimos de longo prazo. Draghi aproveitou a coletiva de imprensa para dar detalhes sobre este último plano, chamado TLTRO. Com ele, os bancos da zona do euro poderão pedir, no longo prazo, empréstimos de até um bilhão de euros ao BCE.
Em um primeiro momento, as entidades poderão solicitar empréstimos de 400 bilhões de euros a quatro anos em duas operações que acontecerão nos dias 18 de setembro e 11 de dezembro, definiu Draghi. Depois disso, haverá outras seis operações, entre março de 2015 e junho de 2016, nas quais os bancos poderão obter, a longo prazo, os 600 bilhões de euros restantes. Os créditos serão muito atraentes, já que o custo dependerá da taxa básica de juros do BCE, que atualmente encontra-se em seu mínimo histórico.
O objetivo é estimular os bancos a concederem mais empréstimos a empresas e famílias, para reativar de forma sustentável a economia da zona do euro, que continua apresentando um crescimento bastante tímido. Os bancos que não puderem provar que estão utilizando o dinheiro para fazer empréstimos à " economia real" terão que pagar os empréstimos antes, apesar de penalizações não estarem previstas.
O outro grande objetivo do BCE é, por meio do crescimento, afastar o risco de deflação, ou seja, a queda generalizada e contínua dos preços que desestimula o consumo e o investimento. Há alguns meses o baixo nível de inflação (0,5% em junho, muito longe da meta de 2%) tem despertado temores de uma deflação na zona do euro.
- Mudanças no calendário -
Draghi anunciou que o BCE havia decidido espaçar suas reuniões de política monetária, que a partir de janeiro de 2015 acontecerão a cada seis semanas, e não mensalmente, como ocorre atualmente. Outra novidade é que a partir de agora serão publicadas as atas de cada reunião, como acontece com o Federal Reserve e com o Banco da Inglaterra.
"O BCE não pode e não deveria atuar todos os meses", afirmou Draghi, que acredita que "na situação atual" os encontros mensais são "muito próximos". "A situação atual é muito mais complexa do que há alguns anos, e entre os mercados, os países e a opinião pública há a expectativa de que saibamos enfrentar esta complexidade maior", acrescentou. O novo calendário das reuniões de política monetária será definido dia 16 de julho pelo conselho de governadores e publicado no site do BCE.