Agência France-Presse
postado em 04/07/2014 09:02
Cairo - Os islamitas convocaram novas manifestações para esta sexta-feira no Egito, um dia depois dos protestos na data que marcou um ano da queda do presidente Mohamed Mursi, marcado por distúrbios que deixaram dois mortos. Na quinta-feira, um manifestante morreu ao ser atingido por um tiro durante um confronto com a polícia.No fim da noite, um agente faleceu ao ser atingido por um tiro quando manifestantes incendiaram um posto de controle no Cairo. Três policiais ficaram feridos e foram hospitalizados. Além disso, nove pessoas ficaram feridas na explosão de uma bomba que estava escondida em um trem que circulava por Alexandria, na costa mediterrânea.
O ministério da Saúde anunciou um balanço de dois mortos e 24 feridos em todo o país. O ministério do Interior anunciou a detenção de mais de 200 pessoas.
Os seguidores de Mursi, amparados pela Irmandade Muçulmana, convocaram um "dia da ira" para quinta-feira, por ocasião do aniversário de um ano do golpe que derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito no país. Mursi foi destituído pelo então comandante das Forças Armadas, Abdel Fatah al-Sissi, eleito presidente recentemente.
Durante a noite, a Irmandade Muçulmana convocou uma "sexta-feira da ira". A Irmandade celebrou, em um comunicado divulgado por seu escritório em Londres, "100 manifestações em 16 províncias do Egito" e condenou a explosão no trem. O grupo afirmou que defende "uma estratégia pacífica".