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Japonesa morre após beber muita água em ritual de exorcismo, diz polícia

Rie Fukuda, de 51 anos, teria sido obrigada a engolir um grande volume de água, no que detetives afirmam que foi um exorcismo realizado por seu marido e por duas mulheres idosas

Agência France-Presse
postado em 04/07/2014 12:05
A polícia japonesa, que investiga a morte de uma mulher que supostamente faleceu depois de ser forçada a beber muita água, prendeu uma exorcista profissional de 81 anos, sua irmã mais nova e o marido da vítima. As informações apontam que Rie Fukuda, de 51 anos, foi obrigada a engolir um grande volume de água, no que detetives afirmam que foi um exorcismo realizado por seu marido e por duas mulheres idosas.

O marido da vítima, Kosai Fukuda, de 52 anos, professor de uma universidade na cidade japonesa de Kumamoto, no sul do país, foi preso junto com Eiko Noda, de 81 nos, e Keiko Kitayama, de 77, informou a polícia à AFP nesta sexta-feira. Noda realiza exorcismos em troca de dinheiro há cerca de três décadas, declarou a Nippon Television, citando fontes não identificadas na polícia local.

Noda e Fukuda declararam à polícia que a mulher morta "vinha recebendo exorcismo há vários anos". Não foi fornecido nenhum detalhe sobre a religião dos supostos envolvidos. Na quinta-feira, o jornal L;Osservatore Romano informou que o Vaticano reconheceu juridicamente a Associação Internacional de Exorcistas (AIE), legalizando uma prática antiga que nem todos apreciam dentro da Igreja católica.



Segundo o jornal do Vaticano, a Congregação para o Clero aprovou os estatutos da associação através de um decreto com data de 13 de junho. A associação é formada por 250 exorcistas presentes em trinta países. Com o reconhecimento, os exorcistas são encorajados a trocar experiências com o objetivo de ajudar as pessoas que recorrem a isso.

"O exorcismo é uma oração oficial da Igreja católica na qual se invoca Deus e se exige do Diabo que liberte uma determinada pessoa", explicou o site especializado Religião Digital. "Este ritual foi renovado na época de João Paulo II, em 1998, quando a Igreja católica decidiu, depois de quase 400 anos, revisar o texto anterior - de 1614 - devido às mudanças realizadas pelo Concílio Vaticano II (1962-1965) e aos avanços da ciência no campo da mente", disse a mesma fonte.

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