O sequestro e a morte de três adolescentes judeus, seguidos por crime semelhante contra Abu Khdeir, despertaram revolta entre árabes e israelenses. Em ambos os lados, grupos radicais incitaram represálias. Durante o funeral do jovem palestino, uma multidão cantava: ;Com nosso sangue e nossa alma, nos sacrificaremos pelo mártir;. O policiamento foi reforçado em Jerusalém Oriental, onde em diversos locais jovens e forças de segurança entraram em confronto. O corpo de Abu Khdeir foi carregado por milhares de pessoas e enrolado em uma bandeira da Autoridade Palestina.
A cerimônia coincidiu com a primeira sexta-feira do Ramadã, mês sagrado muçulmano. Programado para ocorrer no período da manhã, após a oração do jejum, o funeral começou depois do horário previsto. A polícia israelense, que fez o exame de necropsia, atrasou a devolução do corpo à família. As orações do Ramadã costumam reunir dezenas de milhares de fiéis na Esplanada das Mesquitas, local sagrado do islã, na Cidade Velha de Jerusalém. Ontem, no entanto, apenas cerca de 8 mil muçulmanos compareceram ao local, segundo estimativa da polícia. Com medo de distúrbios, forças de segurança limitaram o acesso à região e proibiram a entrada de homens com mais de 50 anos.
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