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China e EUA abrem diálogo de alto nível para acabar com divergências

As duas maiores potências econômicas do mundo costumam ter atritos relacionados às disputas marítimas que Pequim mantém com alguns vizinhos

Agência France-Presse
postado em 09/07/2014 10:26
O presidente chinês, Xi Jinping, defendeu nesta quarta-feira (9/7) o fim das divergências com os Estados Unidos, no primeiro dia de negociações de alto nível entre as duas potências, que mantêm diversos litígios.

"É natural que China e Estados Unidos tenham pontos de vista diferentes, e inclusive litígios em algumas questões", declarou Xi ao abrir os dois dias de negociações, nas quais participam o secretário de Estado americano, John Kerry, e o secretário do Tesouro, Jacob Lew.

"Isso é o que torna a comunicação e a cooperação ainda mais necessárias", insistiu o líder da segunda potência econômica mundial neste sexto diálogo econômico e estratégico entre Pequim e Washington.

As duas maiores potências econômicas do mundo costumam ter atritos relacionados às disputas marítimas que Pequim mantém com alguns de seus vizinhos, como Vietnã, Filipinas e Japão, aliados de Washington.

A isto se soma que em maio a justiça americana acusou cinco oficiais chineses de hackear e praticar espionagem econômica, ao que Pequim reagiu retirando-se de um grupo de trabalho comum sobre cibersegurança.

No entanto, em um pedido de calma, Xi Jinping afirmou que "se chegássemos a nos enfrentar, seria uma catástrofe para os nossos dois países e para o mundo".

"Nossos interesses estão, mais do que nunca, interconectados", acrescentou o presidente chinês, que convidou os países do Pacífico a "sair do esquema ultrapassado do confronto inevitável".



O presidente não falou diretamente do problema das reivindicações territoriais, mas repetiu que a China está decidida a forjar "relações amistosas com seus vizinhos e mais além".

Em um comunicado publicado no início das reuniões, o presidente americano, Barack Obama, pediu que os dois países "abordem com franqueza" suas divergências.

Kerry reiterou, por sua vez, que os Estados Unidos não estão tentando "limitar a expansão da China" e que, pelo contrário, veem muito bem "a emergência de uma China pacífica, estável e próspera". O comércio entre as duas potências alcançou 520 bilhões de dólares no ano passado, um quarto do volume mundial.

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