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Mais de 170 mil pessoas morreram desde o início da guerra civil síria

Entre os falecidos, há 56.495 civis, dos quais 9.092 crianças, de acordo com este novo balanço

Agência France-Presse
postado em 10/07/2014 11:24
Beirute - Mais de 170 mil pessoas morreram no conflito civil iniciado em 2011 na Síria, um terço delas civis, anunciou nesta quinta-feira (10/7) uma ONG. Desde que foi registrada a primeira vítima da revolução síria, no dia 18 de março de 2011 na província de Deraa (sul), foram documentadas as mortes de 171.509 pessoas, segundo indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). O conflito sírio obrigou quase a metade da população do país a se deslocar.

Forças armadas sírias promovem ofensiva a grupos insurgentes: mesmo com balanço, número de mortos é provavelmente maior

Entre os falecidos, há 56.495 civis, dos quais 9.092 crianças, de acordo com este novo balanço que informa sobre as vítimas do conflito até 8 de julho. Outros 65.803 mortos são soldados do regime e milicianos pró-governamentais, e 46.301 são rebeldes que lutam pela queda do presidente Bashar al-Assad.

[SAIBAMAIS]Entre os rebeldes há 15.422 estrangeiros, que viajaram ao país para se unir aos jihadistas e a grupos islamitas locais de oposição. Por último, 2.910 vítimas não foram identificadas, segundo a ONG opositora. Entre os mortos das forças leais ao governo há 39.036 soldados regulares, 24.655 milicianos, 509 combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah e outros 1.603 estrangeiros.



O Observatório, com sede na Inglaterra, conta com uma ampla rede de ativistas, médicos e advogados na Síria que informam sobre as vítimas. No entanto, a ONG afirma que o verdadeiro número de mortos dos dois lados provavelmente é muito maior.

Segundo o OSDH, o número de mortos é difícil de estimar porque "os dois grupos tentam ocultar suas verdadeiras perdas". O Observatório acrescenta que foi perdida a pista de 20 mil pessoas detidas pelo governo e de 7 mil soldados regulares capturados pelos rebeldes.

Outras duas mil pessoas estão atualmente nas mãos de grupos islamitas e, em particular, dos jihadistas do Estado Islâmico, acusadas de colaborar com o regime de Damasco.

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