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Vice-presidente argentino, Amado Boudou apela da denúncia por corrupção

Boudou foi acusado de ter ficado - por intermédio da empresa fantasma The Old Fund e de um testa-de-ferro -, com 70% da empresa Ciccone em troca de sua intervenção para evitar a quebra da firma

postado em 10/07/2014 22:07
Boudou foi acusado de ter ficado - por intermédio da empresa fantasma The Old Fund e de um testa-de-ferro -, com 70% da empresa Ciccone em troca de sua intervenção para evitar a quebra da firma
Buenos Aires
- O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, apelou nesta quinta-feira (10/7) da denúncia feita contra ele por corrupção no período em que era ministro da Economia, em 2010, informou o Ministério da Justiça.

"Já é inaceitável a vulneração a todas as garantias e princípios constitucionais por parte do senhor juiz", atacou Boudou, segundo o texto apresentado para que a Câmara Federal revise a denúncia feita pelo juiz federal Ariel Lijo.

Primeiro vice-presidente argentino a ser processado no exercício de suas funções, Boudou foi acusado de ter ficado - por intermédio da empresa fantasma The Old Fund e de um testa-de-ferro -, com 70% da empresa Ciccone em troca de sua intervenção para evitar a quebra da firma.

A Ciccone tem o monopólio da impressão do papel-moeda.



Lijo denunciou Boudou em 27 de junho passado e ordenou o embargo de seus bens da ordem de 200 mil pesos (US$ 24 mil). Se for considerado culpado, o vice pode ser condenado a até seis anos de prisão.

"Ficou evidenciado que o senhor juiz nunca quis que se conhecesse a verdade, como tampouco teve interesse em me ouvir, ou que a população fizesse isso de um modo direto", alegou o vice-presidente em sua apresentação.

A presidente Cristina Kirchner não se pronunciou publicamente sobre a situação de Boudou, que chegou à vice-presidência em 2011. A oposição quer que ele renuncie, ou se licencie, até que o caso seja esclarecido.

Nesta quinta, Boudou liderou o ato pelo Dia da Independência, no lugar de Cristina, que descansa por um problema de garganta.

O vice rejeita as acusações, que atribui a uma perseguição política. Graças à maioria governista no Congresso, até agora, ele conseguiu evitar um "impeachment" por parte da oposição.

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