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Ex-arcebispo de Canterbury se pronuncia favorável ao suicídio assistido

O suicídio assistido é um crime na Grã-Bretanha e pode resultar em pena de até 14 anos de prisão, mas diretrizes aprovadas há quatro anos estimulam os juízes a optar pela clemência nos casos em que a medida é aplicada por compaixão

Agência France-Presse
postado em 12/07/2014 09:59
O ex-arcebispo de Canterbury, George Carey, em encontro com o Papa João Paulo II, em 2001

Londres - O ex-arcebispo de Canterbury George Carey, líder espiritual de 80 milhões de anglicanos no mundo, se declarou favorável ao suicídio assistido, uma questão que abordará na próxima semana no Parlamento britânico. "Na realidade, mudei de opinião. As certezas filosóficas do passado foram derrubadas diante da realidade do sofrimento inútil", escreveu em um artigo publicado no jornal Daily Mail.

Carey, de 78 anos, foi arcebispo entre 1991 e 2002. Sua posição é contrária a do atual líder da Igreja anglicana, Justin Welby, que chamou de "equivocado e perigoso" o projeto de lei que será debatido na segunda-feira. Ao contrário da eutanásia, o suicídio assistido significa que o paciente provoca a própria morte.

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O projeto de lei prevê a legalização na Inglaterra e Gales do suicídio assistido por médicos para os adultos que têm expectativa de vida inferior a seis meses, desde que dois médicos aprovem a medida. Atualmente poucos países autorizam o suicídio assistido, como Bélgica, Suíça, Holanda e Luxemburgo, assim como alguns estados dos Estados Unidos.

O suicídio assistido é um crime na Grã-Bretanha e pode resultar em pena de até 14 anos de prisão, mas diretrizes aprovadas há quatro anos estimulam os juízes a optar pela clemência nos casos em que a medida é aplicada por compaixão.

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