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EUA: Avião malaio provavelmente derrubado por míssil de zona separatista

Segundo a embaixadora, Moscou deve pressionar os separatistas "e tomar medidas concretas de urgência para reduzir a tensão na Ucrânia"

Agência France-Presse
postado em 18/07/2014 13:43
Nova York - O avião malaio que caiu no leste da Ucrânia com 298 pessoas a bordo provavelmente foi derrubado por um míssil terra-ar lançado de uma zona ocupada pelos separatistas pró-russos, afirmou nesta sexta-feira a embaixadora americana na ONU. A diplomata Samantha Power, que falava ante o Conselho de Segurança reunido de emergência, mencionou que o míssil seria um Buk do tipo SA-11.

Ela recordou que na manhã de quinta-feira foram encontrados separatistas pró-russos com este tipo de sistema de defesa antiaérea perto do local onde o avião caiu. O embaixador britânico, Mark Lyall Grant, disse mais cedo que há indícios que mostram que o avião foi abatido por um míssil terra-ar.

"Os Estados Unidos não têm conhecimento da presença de um sistema de mísseis SAM (míssil terra-ar) ucraniano na zona", acrescentou Power, ao recordar que desde o início do conflito a defesa antiaérea ucraniana não lançou mísseis.

Segundo Power, diante da complexidade técnica do sistema de mísseis nas mãos dos separatistas pró-russos, os Estados Unidos "não descartam assistência técnica por parte dos russos" aos rebeldes. Se os separatistas realmente lançaram o míssil, comentou, "eles mesmos e os que os apoiam teriam boas razões para esconder as provas de seu crime".



Por sua vez, um primeiro relatório da inteligência americana sugere que os separatistas pró-russos derrubaram o avião na quinta-feira. "Temos indícios (de que os separatistas derrubaram o avião), mas não temos uma conclusão final", afirmou um funcionário que pediu o anonimato à AFP. Power exigiu a abertura imediata de uma investigação internacional e pediu que Kiev e os separatistas coloquem fim aos ataques para "facilitar o acesso" ao local onde o avião caiu.

Segundo a embaixadora, Moscou deve pressionar os separatistas "e tomar medidas concretas de urgência para reduzir a tensão na Ucrânia". Grã-Bretanha e Estados Unidos disseram que a tragédia deve servir como chamado de atenção à Rússia para que deixe de apoiar e equipar os rebeldes do leste da Ucrânia.

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