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ONU cogita aprovar ainda hoje resolução sobre acidente de avião malaio

O projeto de resolução "exige que os grupos armados que controlam o local forneçam um acesso total, sem restrições e seguro" ao local e aos seus arredores

Agência France-Presse
postado em 21/07/2014 09:13
No Aeroporto de Schiphol, perto de Amsterdã, pessoas prestam homenagem às vítimas do acidente
O Conselho de Segurança da ONU deve adotar na tarde desta segunda-feira (21/7) uma resolução exigindo dos separatistas pró-russos acesso livre e seguro ao local do acidente do avião malaio que caiu no leste da Ucrânia, segundo diplomatas.

O texto, proposto pela Austrália e apoiado principalmente pela França, ao qual a AFP teve acesso, pede que todos os países e protagonistas na região - incluindo a Rússia - colaborem plenamente com "uma investigação internacional completa, minuciosa e independente".

A resolução "exige o fim imediato de toda atividade militar, incluindo a de grupos armados (separatistas), no perímetro imediato" do local do acidente para facilitar esta investigação.

[SAIBAMAIS]O texto "condena nos termos mais enérgicos possíveis" o ataque que derrubou o avião e exige uma resposta das autoridades. A Austrália perdeu 28 de seus cidadãos de um total de 298 vítimas, a maioria da Holanda.

O projeto de resolução "exige que os grupos armados que controlam o local (...) forneçam (aos investigadores) um acesso total, sem restrições e seguro" ao local e aos seus arredores.

Além disso, convida todos os países e protagonistas na região a colaborar plenamente com a investigação internacional e com os esforços para encontrar e punir os responsáveis. Também pede que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, defina as opções para um apoio da ONU à investigação.



A Austrália havia pedido que seus 14 sócios comunicassem suas observações sobre a proposta. Segundo um diplomata ocidental, a Rússia propôs algumas modificações que devem se somar ao texto final.

Na noite de domingo o embaixador russo, Vitaly Churkin, indicou à imprensa que para Moscou o texto ainda continha certas ambiguidades e não garantia que a investigação fosse verdadeiramente internacional e imparcial. A Rússia propôs novas modificações que os membros do Conselho examinavam na noite de domingo.

"Parece uma tática dilatória tipicamente russa", considerou o embaixador britânico, Mark Lyall Grant, enquanto seu colega australiano, Gary Quinlan, considerou o projeto de texto extremamente razoável. "Não há nenhuma razão para que algum dos membros do Conselho não possa apoiar esta resolução", disse Quinlan. Acredita-se que a votação da resolução ocorrerá nesta segunda-feira às 15h00 locais (16h00 de Brasília).

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