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Primeiros corpos de vítimas do avião malaio chegam à Holanda

Alguns corpos ainda podem estar no local no acidente, de acordo com autoridades australianas

A União Europeia acusa a Rússia de entregar armas aos insurgentes e prepara novas sanções. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, depositou na noite de terça-feira flores diante da embaixada holandesa em Kiev e conversou por telefone com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

A Holanda propôs enviar em colaboração com a Austrália e com outros países vítimas da catástrofe uma missão policial sob a tutela da ONU para preservar o local do acidente, disse Rutte.

Após vários dias bloqueados pelos insurgentes, a maior parte dos restos mortais chegou na terça-feira a Kharkiv a bordo de um trem refrigerado. Mas, segundo a missão de observação da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), ainda há pedaços de corpos não protegidos no local da catástrofe.

As autoridades holandesas confirmaram apenas o recebimento de 200 corpos de um total de 298 vítimas.

A chefe do governo alemão, Angela Merkel, convocou nesta quarta-feira a Rússia a "fazer mais em relação aos separatistas que impedem de forma inaceitável o controle na região".

Enquanto isso a situação continua sendo tensa nas duas capitais regionais do leste da Ucrânia, Donetsk e Lugansk, controladas pelos separatistas.

Três civis morreram nas últimas 24 horas em Lugansk. Em Donetsk foram registrados combates nos últimos dias e foram ouvidas explosões e disparos durante a noite, segundo a prefeitura.

Seis dias depois da queda do avião comercial, dois caças ucranianos foram abatidos nesta quarta-feira no leste do país.

Os dois aparelhos Sukhoi caíram à altura de Savour-Mogyla, na região de Donetsk. Ainda não se sabe o destino dos pilotos, segundo o porta-voz Oleksii Dmytrachkivski;.